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06/09/2005 - 09h14

Brasileiro amplia consumo, mas receita do varejo "patina"

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ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo

O brasileiro consumiu 6,1% mais mercadorias --alimentos, itens de higiene e limpeza, bebidas e itens perecíveis-- de janeiro a junho deste ano em relação a igual período de 2004. Os números foram apresentados ontem, em levantamento divulgado no início da noite pela ACNielsen, em evento em São Paulo.

A expansão não mudou expectativa de desempenho do setor supermercadista para o ano porque, mesmo com volumes vendidos maiores, o faturamento do setor patina. Especialistas acreditam que a recuperação na receita das lojas só deva vir em 2006.

"Acreditamos que uma expansão considerável no faturamento do segmento de bens não-duráveis ficará para o próximo ano. Esperávamos que uma elevação mais forte viesse neste ano, na esteira de eventuais ganhos salariais. Mas, com a renda do brasileiro estagnada, isso não aconteceu", afirma Ana Claudia Fioratti, diretora comercial da LatinPanel, consultoria especializada em consumo. "Nesse cenário, o crescimento no volume de itens vendidos continua centrado principalmente em itens de preços mais baixos", diz ela.

Por ser altamente dependente da elevação no rendimento do trabalhador, a venda de alimentos e itens de higiene e beleza cresce, mas ainda registra resultados tímidos neste ano, comparados à base forte de expansão de 2005. Dados do IBGE apresentados na semana passada mostram que o bom desempenho no comércio foi registrado nas áreas ligadas a crédito, como o setor de varejo de automóveis e de eletrônicos.

A Abras (Associação Brasileira dos Supermercados) voltou a confirmar ontem a expectativa de elevação de 2% no faturamento do setor em 2005. Desde abril, o faturamento real das lojas cai, diz a Abras. Em julho, os supermercados no país tiveram queda de 0,16% nas vendas (faturamento real) sobre mesmo mês de 2004.

Novos números

Pelo levantamento divulgado ontem em seminário realizado pela ACNielsen para os especialistas da área, foi registrada uma alta de 6,1% na quantidade de itens vendidos no país nos primeiros seis meses do ano, em comparação a 2004. Todos os sete segmentos analisados (bebidas alcóolicas, bebidas não-alcóolicas, limpeza, higiene, mercearia doce, mercearia salgada e perecíveis) tiveram resultados positivos. O melhor desempenho foi apurado no segmento de mercaria salgada (pães, biscoitos), com um acréscimo de 7,3% no volume vendido no primeiro semestre do ano.

Outros segmentos, no entanto, como os de eletrônicos e automóveis, registraram aumento de dois dígitos no volume vendido de janeiro a junho, segundo já divulgaram as entidades representativas de cada setor.

Entretanto, analistas acreditam que a alta de 6,1% não é desprezível. No ano anterior, a expansão na quantidade vendida foi de 1,4%, na comparação com 2003 --ano que, por sua vez, registrou uma queda histórica em volumes de 0,6% sobre 2002. Na avaliação de especialistas do setor, essa expansão na quantidade de itens confirma os dados do IBGE apresentados na última semana. Eles mostram que o consumo das famílias no mercado interno ajudou a sustentar o aumento do PIB no primeiro semestre do ano.

Especial
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