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13/10/2005
-
11h43
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O governador do Mato Grosso do Sul, José Orcílio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, suspeita que o contrabando de animais do Paraguai seja responsável pelo foco de febre aftosa identificado no Estado.
O governador disse hoje, após encontro com o ministro Roberto Rodrigues (Agricultura), que os focos da doença registrados nos últimos seis anos foram sempre próximo à fronteira com o Paraguai e sempre com o mesmo tipo de vírus.
"Me estranha que os focos no Mato Grosso do Sul, todos eles, coincidentemente, apareçam na fronteira com o Paraguai", disse o governador, que, no entanto, admitiu que não há por enquanto comprovação sobre a origem do foco.
Ele acionou o serviço de inteligência do Estado e pediu apoio do governo federal nas investigações da origem da doença.
Apesar da suspeita, o governador afirmou que "não é hora de achar quem é mais ou menos responsável, mas de tratar o assunto como uma questão de Estado".
O governador criticou ainda a decisão dos Estados do Paraná, São Paulo e Goiás de impor restrições ao transporte de animais nas fronteiras com o Mato Grosso do Sul. "Isso não está sendo positivo", disse.
Zeca do PT afirmou que o foco da doença na região de Eldorado está isolado e sob controle, por isso não faz sentido que todos os produtores do Estado, mesmo distantes mais de 200 quilômetros do foco, sejam penalizados.
Ele estima que apenas o bloqueio dos Estados irá significar uma perda de R$ 10 milhões por mês com ICMS (Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços).
O governador defende que sejam estabelecidas "relações de confiança" entre os Estados para que se possa convencer os países que bloquearam as compras de carne bovina brasileira por causa da doença.
A identificação da origem da doença ainda depende dos resultados de exames laboratoriais do rebanho infectado. As investigações tentarão identificar se houve falhas na manipulação de vacinas contra a doença e se elas estavam dentro do prazo de validade para serem usadas.
O governador do Mato Grosso do Sul disse que é preciso buscar uma nova relação com o Paraguai para tratar da questão da fronteira com mais preocupação, criando mecanismos mais eficientes para controlar o trânsito do gado.
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Governador do MS suspeita que foco de aftosa veio do Paraguai
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da Folha Online, em Brasília
O governador do Mato Grosso do Sul, José Orcílio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, suspeita que o contrabando de animais do Paraguai seja responsável pelo foco de febre aftosa identificado no Estado.
O governador disse hoje, após encontro com o ministro Roberto Rodrigues (Agricultura), que os focos da doença registrados nos últimos seis anos foram sempre próximo à fronteira com o Paraguai e sempre com o mesmo tipo de vírus.
"Me estranha que os focos no Mato Grosso do Sul, todos eles, coincidentemente, apareçam na fronteira com o Paraguai", disse o governador, que, no entanto, admitiu que não há por enquanto comprovação sobre a origem do foco.
Ele acionou o serviço de inteligência do Estado e pediu apoio do governo federal nas investigações da origem da doença.
Apesar da suspeita, o governador afirmou que "não é hora de achar quem é mais ou menos responsável, mas de tratar o assunto como uma questão de Estado".
O governador criticou ainda a decisão dos Estados do Paraná, São Paulo e Goiás de impor restrições ao transporte de animais nas fronteiras com o Mato Grosso do Sul. "Isso não está sendo positivo", disse.
Zeca do PT afirmou que o foco da doença na região de Eldorado está isolado e sob controle, por isso não faz sentido que todos os produtores do Estado, mesmo distantes mais de 200 quilômetros do foco, sejam penalizados.
Ele estima que apenas o bloqueio dos Estados irá significar uma perda de R$ 10 milhões por mês com ICMS (Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços).
O governador defende que sejam estabelecidas "relações de confiança" entre os Estados para que se possa convencer os países que bloquearam as compras de carne bovina brasileira por causa da doença.
A identificação da origem da doença ainda depende dos resultados de exames laboratoriais do rebanho infectado. As investigações tentarão identificar se houve falhas na manipulação de vacinas contra a doença e se elas estavam dentro do prazo de validade para serem usadas.
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