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07/12/2005
-
17h50
da Folha Online
O juiz da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Fausto Martin de Sanctis, determinou na noite desta terça-feira que o banqueiro Edemar Cid Ferreira, destituído do controle do Banco Santos, desocupe em 40 dias a casa onde mora, na rua Gália, 120, no Morumbi (zona sul de São Paulo).
A casa e as obras de arte e decoração que estão dentro dela passarão a ser administradas pela Secretaria de Estado da Cultura, que terá 60 dias a partir da desocupação do imóvel para transformá-la em um museu.
Durante a fase de transição entre a saída de Edemar do imóvel e a efetiva posse pela Secretaria de Cultura, a casa será vigiada por agentes da Polícia Federal e policiais militares.
Edemar só poderá deixar o imóvel com o acompanhamento de oficiais de Justiça e deverá entregar todas as chaves da casa ao juiz. Além disso, deverá instruir os funcionários da Justiça sobre o funcionamento de equipamentos de segurança do imóvel.
Em 18 de fevereiro, a pedido do procurador da República Silvio Luís Martins de Oliveira, que investiga desde 2004 crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro que teriam sido praticados por Edemar, a Justiça Federal havia decretado o seqüestro da mansão do banqueiro e das obras de arte contidas em seu interior, na sede do banco e em um galpão no bairro do Jaguaré (zona oeste). Edemar, no entanto, permaneceu como depositário dos bens.
De fevereiro para cá, a Justiça Federal tomou uma série de decisões para preservar as obras de arte que pertenciam ao banqueiro --que formarão o acervo do museu-- e as relíquias arqueológicas --de cerâmica Marajoara--, que são bens da União.
O juiz De Sanctis destituiu ontem Edemar da função de depositário pois se comprovou que o acusado não preservou adequadamente o imóvel nem as obras de arte e os achados arqueológicos, situação que deteriorou-se com a falência do banco, decretada em setembro pela 2ª Vara de Falências.
De Sanctis também considerou que Edemar mentiu em juízo. Em depoimento prestado no processo em que ele e mais 18 ex-diretores do banco são acusados de crimes financeiros, o banqueiro afirmou possuir apenas obras originais.
Entretanto, laudo pericial da Justiça concluído em agosto aponta a existência de réplicas de algumas obras tanto na mansão do acusado quanto na sede do banco. A Justiça, entretanto, não tem como saber se as obras originais foram substituídas por réplicas. De Sanctis classificou a atitude do banqueiro como "desleal".
Com informações do site do Ministério Público Federal
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Edemar Cid Ferreira
Justiça manda banqueiro Edemar Cid Ferreira desocupar mansão no Morumbi
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O juiz da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Fausto Martin de Sanctis, determinou na noite desta terça-feira que o banqueiro Edemar Cid Ferreira, destituído do controle do Banco Santos, desocupe em 40 dias a casa onde mora, na rua Gália, 120, no Morumbi (zona sul de São Paulo).
A casa e as obras de arte e decoração que estão dentro dela passarão a ser administradas pela Secretaria de Estado da Cultura, que terá 60 dias a partir da desocupação do imóvel para transformá-la em um museu.
Durante a fase de transição entre a saída de Edemar do imóvel e a efetiva posse pela Secretaria de Cultura, a casa será vigiada por agentes da Polícia Federal e policiais militares.
Edemar só poderá deixar o imóvel com o acompanhamento de oficiais de Justiça e deverá entregar todas as chaves da casa ao juiz. Além disso, deverá instruir os funcionários da Justiça sobre o funcionamento de equipamentos de segurança do imóvel.
Em 18 de fevereiro, a pedido do procurador da República Silvio Luís Martins de Oliveira, que investiga desde 2004 crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro que teriam sido praticados por Edemar, a Justiça Federal havia decretado o seqüestro da mansão do banqueiro e das obras de arte contidas em seu interior, na sede do banco e em um galpão no bairro do Jaguaré (zona oeste). Edemar, no entanto, permaneceu como depositário dos bens.
De fevereiro para cá, a Justiça Federal tomou uma série de decisões para preservar as obras de arte que pertenciam ao banqueiro --que formarão o acervo do museu-- e as relíquias arqueológicas --de cerâmica Marajoara--, que são bens da União.
O juiz De Sanctis destituiu ontem Edemar da função de depositário pois se comprovou que o acusado não preservou adequadamente o imóvel nem as obras de arte e os achados arqueológicos, situação que deteriorou-se com a falência do banco, decretada em setembro pela 2ª Vara de Falências.
De Sanctis também considerou que Edemar mentiu em juízo. Em depoimento prestado no processo em que ele e mais 18 ex-diretores do banco são acusados de crimes financeiros, o banqueiro afirmou possuir apenas obras originais.
Entretanto, laudo pericial da Justiça concluído em agosto aponta a existência de réplicas de algumas obras tanto na mansão do acusado quanto na sede do banco. A Justiça, entretanto, não tem como saber se as obras originais foram substituídas por réplicas. De Sanctis classificou a atitude do banqueiro como "desleal".
Com informações do site do Ministério Público Federal
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