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06/01/2006
-
12h49
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A WebJet não resistiu à ofensiva da Gol e TAM e suspendeu suas operações em plena temporada de férias de verão. A companhia, que estreou como empresa regular de aviação em julho do ano passado, solicitou há duas semanas ao DAC (Departamento de Aviação Civil) a interrupção de suas operações.
Pelo CBA (Código Brasileiro de Aeronáutica), a companhia pode suspender suas operações por até 180 dias. Se não voltar a voar dentro desse prazo, corre o risco de perder a concessão para operar como empresa regular de aviação.
Apesar da WebJet ter recorrido a esse mecanismo só no final de dezembro, os sinais da sua crise e da dificuldade para se manter no ar começaram a ser percebidos em outubro, quando a empresa ficou três dias sem operar nenhum de seus 26 trechos.
No começo de novembro, a empresa enxugou sua malha e interrompeu a operação de vôos para Brasília e Belo Horizonte. Ao mesmo tempo, a WebJet congelou os planos de expansão e inauguração de novas rotas, como Salvador.
Mesmo sem operar regularmente sua malha desde meados de novembro, a WebJet ainda entrou nas estatísticas de tráfego aéreo daquele mês do DAC, com 0,05% do mercado doméstico. No acumulado até novembro, sua fatia era de 0,14%.
A empresa só saiu das contas do DAC em dezembro. Segundo o DAC, a pesquisa de tráfego aéreo considera apenas as empresas que operaram o mês todo.
No entanto, o site da Webjet não recebe reservas desde meados de novembro e o serviço 0800 foi suspenso. O telefone da sede da empresa também não atende. A companhia cancelou o contrato com a empresa que prestava serviços de assessoria de imprensa. Procurado pela reportagem, o presidente da empresa, Rogério Ottoni, não foi localizado para comentar a crise da empresa.
Antes de sumir do mapa, a Webjet entrou com uma representação contra a TAM e a Gol na SDE (Secretaria de Direito Econômico). A empresa acusou as outras duas concorrentes de terem baixado seus preços nas praças operadas pela Webjet com o objetivo de prejudicar a companhia. A SDE abriu averiguação preliminar sobre o caso.
Quando entrou em operação, como empresa de baixo custo, a Webjet inovou ao criar o conceito de tarifa única para todos os lugares do avião. Normalmente, as empresas têm uma estrutura tarifária composta por faixas diferenciadas de preços --que variam de acordo com a data, horário e não valem para todos os assentos da aeronave.
A WebJet estreou com vôos diários para o Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Porto Alegre e uma frota de duas aeronaves. O sonho da companhia era encerrar 2005 com novas rotas, uma nova aeronave em operação e o transporte de 500 mil passageiros. Os planos da WebJet foram prejudicados pela acirrada disputa travada hoje no setor aéreo. TAM, Gol e Varig --as três maiores empresas do setor-- foram responsáveis em 2005 por 97,5% de todo o transporte aéreo doméstico de passageiros.
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Em crise, WebJet completa um mês sem levantar vôo
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da Folha Online
A WebJet não resistiu à ofensiva da Gol e TAM e suspendeu suas operações em plena temporada de férias de verão. A companhia, que estreou como empresa regular de aviação em julho do ano passado, solicitou há duas semanas ao DAC (Departamento de Aviação Civil) a interrupção de suas operações.
Pelo CBA (Código Brasileiro de Aeronáutica), a companhia pode suspender suas operações por até 180 dias. Se não voltar a voar dentro desse prazo, corre o risco de perder a concessão para operar como empresa regular de aviação.
Apesar da WebJet ter recorrido a esse mecanismo só no final de dezembro, os sinais da sua crise e da dificuldade para se manter no ar começaram a ser percebidos em outubro, quando a empresa ficou três dias sem operar nenhum de seus 26 trechos.
No começo de novembro, a empresa enxugou sua malha e interrompeu a operação de vôos para Brasília e Belo Horizonte. Ao mesmo tempo, a WebJet congelou os planos de expansão e inauguração de novas rotas, como Salvador.
Mesmo sem operar regularmente sua malha desde meados de novembro, a WebJet ainda entrou nas estatísticas de tráfego aéreo daquele mês do DAC, com 0,05% do mercado doméstico. No acumulado até novembro, sua fatia era de 0,14%.
A empresa só saiu das contas do DAC em dezembro. Segundo o DAC, a pesquisa de tráfego aéreo considera apenas as empresas que operaram o mês todo.
No entanto, o site da Webjet não recebe reservas desde meados de novembro e o serviço 0800 foi suspenso. O telefone da sede da empresa também não atende. A companhia cancelou o contrato com a empresa que prestava serviços de assessoria de imprensa. Procurado pela reportagem, o presidente da empresa, Rogério Ottoni, não foi localizado para comentar a crise da empresa.
Antes de sumir do mapa, a Webjet entrou com uma representação contra a TAM e a Gol na SDE (Secretaria de Direito Econômico). A empresa acusou as outras duas concorrentes de terem baixado seus preços nas praças operadas pela Webjet com o objetivo de prejudicar a companhia. A SDE abriu averiguação preliminar sobre o caso.
Quando entrou em operação, como empresa de baixo custo, a Webjet inovou ao criar o conceito de tarifa única para todos os lugares do avião. Normalmente, as empresas têm uma estrutura tarifária composta por faixas diferenciadas de preços --que variam de acordo com a data, horário e não valem para todos os assentos da aeronave.
A WebJet estreou com vôos diários para o Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Porto Alegre e uma frota de duas aeronaves. O sonho da companhia era encerrar 2005 com novas rotas, uma nova aeronave em operação e o transporte de 500 mil passageiros. Os planos da WebJet foram prejudicados pela acirrada disputa travada hoje no setor aéreo. TAM, Gol e Varig --as três maiores empresas do setor-- foram responsáveis em 2005 por 97,5% de todo o transporte aéreo doméstico de passageiros.
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