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02/03/2006
-
13h15
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
As vendas nas redes varejistas dos EUA desaceleraram no mês passado, com a variação climática imprevista no inverno deste ano no país: o frio intenso de fevereiro, comparado ao clima mais ameno de janeiro, inibiu o interesse dos consumidores por artigos para a primavera.
Entre as redes que divulgaram resultados positivos estão a Costco Wholesale, a Limited Brands, a Bombay e a Nordstrom. Na descendente ficaram os resultados da Bebe Stores e da Talbots.
A rede Wal-Mart Stores --maior varejista do mundo-- ficou apenas em linha com o esperado: 3,2% de crescimento nas vendas nas mesmas lojas no mês passado, para uma previsão de crescimento entre 2% e 4%. As vendas nas lojas Wal-Mart subiram 2,9% e nas lojas Sam's Club a alta foi de 4,6%.
Para março, a expectativa do Wal-Mart é ainda menor --crescimento entre 1% e 3%.
"Não é que os consumidores tenham parado de comprar; eles apenas estão comprando menos", disse o analistas da Thomson Financial Jharonne Martis à agência de notícias Associated Press.
Os resultados fracos se seguiram a um mês de janeiro no qual os ganhos foram maiores: o frio ameno no período inspirou os consumidores a procurarem artigos para a próxima estação. Alguns analistas dizem que a intensidade das compras de janeiro tirou espaço no bolso dos consumidores em fevereiro.
Fatores econômicos também tiveram seu peso. A confiança dos consumidores em janeiro, que ficou em 91,2 pontos (índice satisfatório, mas menor que os 91,5 de dezembro), recuou em fevereiro, afetada por elementos como a expectativa sobre o mercado de trabalho. Contas de calefação doméstica, juros mais altos e mercado imobiliário começando a arrefecer também contaram.
A taxa de poupança de janeiro também foi mais um dado a se acumular na agenda de preocupações dos investidores, uma vez que ficou em -0,7% no período. Ou seja, para financiar seu consumo, os americanos não apenas usaram o acréscimo que tiveram em seus ganhos, como recorreram a suas economias, ou apelaram para maior endividamento.
No ano passado, a taxa de poupança ficou no vermelho, -0,4%, primeira vez em que o nível de poupança encerra um ano com índice negativo desde 1932 e 1933, quando o país atravessava o período da Grande Depressão depois da quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929.
Mesmo sendo um mês que pouco contribui para as avaliações econômicas americanas, fevereiro serve como termômetro para estimar o ritmo da atividade nas redes varejistas durante a primavera.
A Costco teve um aumento de 7% nas vendas nas mesmas lojas (aberta há pelo menos um ano), superando as previsões de 6,5% dos analistas. Na Nordstrom, o resultado foi um crescimento de 4,9% nas vendas no período e, na Limited Brands, o crescimento foi de 5%.
A Bombay anunciou um aumento de 4,2% nas vendas nas mesmas lojas, superando a previsão de 2,5%.
Já a Talbot teve queda de 6% nas mesmas lojas no mês de janeiro. Em comunicado, o executivo-chefe da empresa, Arnold Zetcher, os resultados sofreram um "impacto significativo" das nevascas que atingiram o nordeste do país no mês passado.
A Bebe registrou crescimento, mas de apenas 1,6%, bem menos que os 4,6% projetados para o mês passado.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre vendas no varejo nos EUA
Vendas em redes varejistas dos EUA desaceleram em fevereiro
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da Folha Online
As vendas nas redes varejistas dos EUA desaceleraram no mês passado, com a variação climática imprevista no inverno deste ano no país: o frio intenso de fevereiro, comparado ao clima mais ameno de janeiro, inibiu o interesse dos consumidores por artigos para a primavera.
Entre as redes que divulgaram resultados positivos estão a Costco Wholesale, a Limited Brands, a Bombay e a Nordstrom. Na descendente ficaram os resultados da Bebe Stores e da Talbots.
A rede Wal-Mart Stores --maior varejista do mundo-- ficou apenas em linha com o esperado: 3,2% de crescimento nas vendas nas mesmas lojas no mês passado, para uma previsão de crescimento entre 2% e 4%. As vendas nas lojas Wal-Mart subiram 2,9% e nas lojas Sam's Club a alta foi de 4,6%.
Para março, a expectativa do Wal-Mart é ainda menor --crescimento entre 1% e 3%.
"Não é que os consumidores tenham parado de comprar; eles apenas estão comprando menos", disse o analistas da Thomson Financial Jharonne Martis à agência de notícias Associated Press.
Os resultados fracos se seguiram a um mês de janeiro no qual os ganhos foram maiores: o frio ameno no período inspirou os consumidores a procurarem artigos para a próxima estação. Alguns analistas dizem que a intensidade das compras de janeiro tirou espaço no bolso dos consumidores em fevereiro.
Fatores econômicos também tiveram seu peso. A confiança dos consumidores em janeiro, que ficou em 91,2 pontos (índice satisfatório, mas menor que os 91,5 de dezembro), recuou em fevereiro, afetada por elementos como a expectativa sobre o mercado de trabalho. Contas de calefação doméstica, juros mais altos e mercado imobiliário começando a arrefecer também contaram.
A taxa de poupança de janeiro também foi mais um dado a se acumular na agenda de preocupações dos investidores, uma vez que ficou em -0,7% no período. Ou seja, para financiar seu consumo, os americanos não apenas usaram o acréscimo que tiveram em seus ganhos, como recorreram a suas economias, ou apelaram para maior endividamento.
No ano passado, a taxa de poupança ficou no vermelho, -0,4%, primeira vez em que o nível de poupança encerra um ano com índice negativo desde 1932 e 1933, quando o país atravessava o período da Grande Depressão depois da quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929.
Mesmo sendo um mês que pouco contribui para as avaliações econômicas americanas, fevereiro serve como termômetro para estimar o ritmo da atividade nas redes varejistas durante a primavera.
A Costco teve um aumento de 7% nas vendas nas mesmas lojas (aberta há pelo menos um ano), superando as previsões de 6,5% dos analistas. Na Nordstrom, o resultado foi um crescimento de 4,9% nas vendas no período e, na Limited Brands, o crescimento foi de 5%.
A Bombay anunciou um aumento de 4,2% nas vendas nas mesmas lojas, superando a previsão de 2,5%.
Já a Talbot teve queda de 6% nas mesmas lojas no mês de janeiro. Em comunicado, o executivo-chefe da empresa, Arnold Zetcher, os resultados sofreram um "impacto significativo" das nevascas que atingiram o nordeste do país no mês passado.
A Bebe registrou crescimento, mas de apenas 1,6%, bem menos que os 4,6% projetados para o mês passado.
Com agências internacionais
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