Publicidade
Publicidade
04/05/2006
-
16h51
da Folha Online
Após reunião de presidentes de quatro países sobre a nacionalização do gás e do petróleo na Bolívia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não descartou novos investimentos brasileiros e da própria Petrobras no país vizinho.
Lula disse que a Petrobras 'tem autonomia' para tomar essa decisão e não garantiu novos investimentos, mas afirmou que a empresa 'vai continuar investindo na Bolívia dependendo do acordo que tiver'.
A afirmação pode ser considera bem mais amena em relação ao que havia dito ontem o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, Gabrielli afirmou: 'Estamos suspendendo qualquer possibilidade de investimento adicional na Bolívia'. Ele disse que até mesmo a já programada ampliação do gasoduto que traz o combustível para o Brasil seria paralisada.
Além disso, o executivo afirmou que não aceitava aumentos no preço do gás fornecido pelo país vizinho e que estava disposto a contestar a imposição de reajustes em uma corte arbitral de Nova York.
Ao lado dos presidentes Néstor Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia), Lula disse, entretanto, que vai trabalhar com os três colegas para ajudar a Bolívia.
'Vamos ver como contribuir para a Bolívia melhorar a qualidade de vida de sua gente', disse Lula. Ele também afirmou que continua disposto a firmar outros acordos com a Bolívia além do gás.
'Nenhum dos presidentes aqui vai tomar uma decisão que dificulte a integração da América do Sul e do Mercosul', afirmou.
Na reunião, entretanto, não houve acordo sobre um possível aumento dos preços do gás fornecido pela Bolívia ao Brasil.
Lula disse apenas que os preços serão discutidos "de forma democrática" e que "pendências serão resolvidas bilateralmente entre Brasil e Bolívia e entre Petrobras e a YPFB [estatal boliviana de petróleo]".
Solidariedade
Já Evo Morales agradeceu a "solidariedade" de Lula, Kirchner e Chávez. "Temos escutado que a Petrobras não vai investir mais. Estou seguro que os países serão solidários para ajudar a Bolívia", disse.
Kirchner afirmou que "respeita a decisão soberana de cada país" e lembrou que Morales garantiu o fornecimento necessário de gás para a Argentina.
Chávez, por sua vez, disse que a construção do gasoduto sul-americano, que está em estudo pelos quatro países, seria prioridade sobre qualquer "dificuldade".
Para ele, Morales, ao nacionalizar as reservas de petróleo e gás natural, cumpriu um "imperativo da história e do povo".
Segundo o presidente venezuelano, o "ato histórico" realizado por Morales não vai impedir que a Bolívia se una ao Brasil, à Argentina e à Venezuela no projeto do gasoduto.
Leia mais
Evo Morales diz que Petrobras "chantageia" Bolívia
Lula, Morales, Kirchner e Chávez discutem gás
Governo Morales quer alta de 45% em preço do gás
Bolivianos se enfrentam na fronteira como Brasil
Especial
Confira a cobertura completa da nacionalização na Bolívia
Após reunião, Lula admite mais investimento brasileiro na Bolívia
Publicidade
Após reunião de presidentes de quatro países sobre a nacionalização do gás e do petróleo na Bolívia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não descartou novos investimentos brasileiros e da própria Petrobras no país vizinho.
Enrique Marcarian/Reuters |
Kirchner, Morales, Lula e Chávez, em Puerto Iguazú |
A afirmação pode ser considera bem mais amena em relação ao que havia dito ontem o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, Gabrielli afirmou: 'Estamos suspendendo qualquer possibilidade de investimento adicional na Bolívia'. Ele disse que até mesmo a já programada ampliação do gasoduto que traz o combustível para o Brasil seria paralisada.
Além disso, o executivo afirmou que não aceitava aumentos no preço do gás fornecido pelo país vizinho e que estava disposto a contestar a imposição de reajustes em uma corte arbitral de Nova York.
Ao lado dos presidentes Néstor Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia), Lula disse, entretanto, que vai trabalhar com os três colegas para ajudar a Bolívia.
'Vamos ver como contribuir para a Bolívia melhorar a qualidade de vida de sua gente', disse Lula. Ele também afirmou que continua disposto a firmar outros acordos com a Bolívia além do gás.
'Nenhum dos presidentes aqui vai tomar uma decisão que dificulte a integração da América do Sul e do Mercosul', afirmou.
Na reunião, entretanto, não houve acordo sobre um possível aumento dos preços do gás fornecido pela Bolívia ao Brasil.
Lula disse apenas que os preços serão discutidos "de forma democrática" e que "pendências serão resolvidas bilateralmente entre Brasil e Bolívia e entre Petrobras e a YPFB [estatal boliviana de petróleo]".
Solidariedade
Já Evo Morales agradeceu a "solidariedade" de Lula, Kirchner e Chávez. "Temos escutado que a Petrobras não vai investir mais. Estou seguro que os países serão solidários para ajudar a Bolívia", disse.
Kirchner afirmou que "respeita a decisão soberana de cada país" e lembrou que Morales garantiu o fornecimento necessário de gás para a Argentina.
Chávez, por sua vez, disse que a construção do gasoduto sul-americano, que está em estudo pelos quatro países, seria prioridade sobre qualquer "dificuldade".
Para ele, Morales, ao nacionalizar as reservas de petróleo e gás natural, cumpriu um "imperativo da história e do povo".
Segundo o presidente venezuelano, o "ato histórico" realizado por Morales não vai impedir que a Bolívia se una ao Brasil, à Argentina e à Venezuela no projeto do gasoduto.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice