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22/05/2006 - 16h08

Mercado tem dia de forte pessimismo; Bovespa desaba e dólar sobe

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DENYSE GODOY
da Folha Online

O mercado financeiro tem uma segunda-feira de muito pessimismo, enquanto, pelo recrudescimento dos temores de desaceleração da economia mundial, os grandes investidores internacionais abandonam suas aplicações de maior risco. Assim, às 16h02, o dólar comercial avançava 3,57%, para R$ 2,289, e a Bovespa desabava 3,84%, para 36.280 pontos. No mesmo horário, o risco-país subia 5,69%, para 279 pontos, indicando uma vigorosa venda de títulos brasileiros.

A grande preocupação é de que a inflação dos EUA aumente e obrigue o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) a continuar elevando seus juros, atualmente em 5% ao ano. Nesse caso, os seus títulos do Tesouro ficam mais atraentes, escolhidos como opção segura em tempos de turbulência.

Embora o pessimismo seja global, os mercados emergentes, como o brasileiro, sofrem mais. O pregão da Bolsa de Valores da Índia foi interrompido hoje depois que a sua queda superou os 10%.

O Banco Central tenta acalmar os ânimos, entretanto. O diretor de política monetária do BC, Rodrigo Azevedo, disse hoje, em entrevista coletiva à imprensa, que é "pouco provável" que uma crise de grandes proporções como a da Ásia, que atingiu o país em 1997, se repita, porque os fundamentos da economia brasileira melhoraram muito desde então. No curto prazo, a volatilidade deve persistir. Analistas de mercado também vêem o movimento atual como exagerado.

Para os investidores pessoa física, a recomendação dos especialistas é de cautela. "É melhor esperar a definição de uma tendência", afirma Rodrigo Aché, responsável pela área de equity sales do Banco Brascan. Espera-se que a ata da última reunião do Fed, a ser divulgada em 31 de maio, possa dar pistas mais claras e objetivas sobre o rumo dos juros nos EUA. Se houver indicações de que a taxa tende a subir mais, o mercado pode se acomodar neste nível mais baixo. Ao contrário, se sinalizar uma pausa no ciclo de elevações --a última foi a 16ª--, o otimismo de antes pode até ser retomado.

No começo do mês, a Bovespa chegou a bater quatro recordes, alcançando o patamar máximo de 41.979 pontos. A moeda norte-americana caiu até o nível mínimo de R$ 2,056.

O dólar paralelo tinha alta de 3,86%, a R$ 2,42, e o turismo avançava 4,8%, para R$ 2,40.

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