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26/05/2006
-
09h35
ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo
A Starbucks, maior rede de cafeterias do mundo, confirmou ontem que irá abrir a sua primeira loja no país em São Paulo, como informou a Folha na semana passada --e não no Rio de Janeiro. O acordo foi assinado há três semanas. O novo sócio, a Cafés Sereia do Brasil Participações S.A, do casal Maria Luisa Rodenbeck e Peter Rodenbeck, será o acionista majoritário com 51% do negócio, enquanto os americanos terão 49%, apurou a Folha. A abertura do primeiro ponto deve acontecer em até 12 meses, disse Maria Luisa ontem --a empresa demora até 16 meses para inaugurar uma nova loja nos EUA. "Se não conseguir abrir em um ano, aí desisto", disse brincando a sócia.
No Brasil, o modelo sofrerá adaptações, apurou a Folha --informação que oficialmente a sócia nega. A loja poderá vender pão de queijo, por exemplo. Não terá computadores para uso no local, mas deverá possuir rede sem fio (wireless) para que o cliente utilize o seu laptop na loja. Também não está certo, a princípio, se terá aqui o cartão recarregável Starbucks -o cliente deposita dinheiro ali e vai efetuando compras. Mas terá, por exemplo, os copos de isopor que embalam a bebida, a marca registrada da rede, tanto para consumo na loja como para viagem.
Não haverá uma campanha publicitária de peso para anunciar a entrada da rede. O que se quer é evitar o efeito "Burger King" --que abriu o primeiro ponto com comercial no horário nobre da TV. Resultado: caos nas lojas e falta de produtos. Estima-se que de 3% a 6% do que a loja faturar deverá ir para ações de mídia.
Maria Luisa e Peter Rodenbeck trouxeram ao Brasil o McDonald's nos anos 80 e a rede de restaurantes Outback. Há nove anos, eles mantêm contatos com a empresa em Seattle.
O Brasil é o terceiro país em que a Starbucks se instala na América do Sul. Há uma consultoria já contratada pelos sócios para procurar um ponto na capital. Agora, a atenção está voltada para lojas em ruas, apurou a Folha.
Quanto ao preço do café no Brasil, a sócia faz magros comentários: "Iremos praticar valores acessíveis. Vamos ser competitivos". Esse ponto é primordial. Nos EUA, o café mais barato custa US$ 1,80 --o mais caro, US$ 15,95.
Junto à questão econômica, a rede vai enfrentar a concorrência de outras cafeterias e de padarias especializadas. Terá um mercado diferente do americano, onde 109 milhões de pessoas bebem cafés todos os dias.
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No Brasil, o modelo sofrerá adaptações, apurou a Folha --informação que oficialmente a sócia nega. A loja poderá vender pão de queijo, por exemplo. Não terá computadores para uso no local, mas deverá possuir rede sem fio (wireless) para que o cliente utilize o seu laptop na loja. Também não está certo, a princípio, se terá aqui o cartão recarregável Starbucks -o cliente deposita dinheiro ali e vai efetuando compras. Mas terá, por exemplo, os copos de isopor que embalam a bebida, a marca registrada da rede, tanto para consumo na loja como para viagem.
Não haverá uma campanha publicitária de peso para anunciar a entrada da rede. O que se quer é evitar o efeito "Burger King" --que abriu o primeiro ponto com comercial no horário nobre da TV. Resultado: caos nas lojas e falta de produtos. Estima-se que de 3% a 6% do que a loja faturar deverá ir para ações de mídia.
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