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09/10/2006
-
11h46
da Folha Online, no Rio
A safra de grãos deve atingir 116,546 milhões de toneladas neste ano, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola realizado pelo IBGE. A estimativa em setembro representa uma redução de 0,76% em relação à produção prevista em agosto.
No entanto, a expectativa para 2006 é 3,53% superior à obtida em 2005, quando a safra foi de 112,574 milhões de toneladas.
O IBGE estima que a área cultivada chegue a 45,618 milhões de hectares. Trata-se de uma uma queda de 4,11% em relação à área do ano passado. Entre as maiores diminuições na área cultivada estão produtos como o arroz, a soja e o trigo.
Segundo o agrônomo Paulo Renato Corrêa, que elaborou a pesquisa, o trigo foi o principal produto a puxar a redução da previsão já que a soja e o arroz são culturas de verão.
A estimativa de produção do trigo, que é o principal produto de inverno, é de 2,557 milhões de toneladas, o que representa uma significativa redução de 45,10% frente a safra do ano passado. Esse resultado é o menor desde 2000, quando foram produzidas 1,725 milhão de toneladas, e se aproxima do patamar verificado no início dos anos 80.
Segundo Corrêa, a queda na expectativa se deve à redução de 25,39% no total das áreas plantadas em todos os Estados produtores, à baixa cotação do produto no mercado interno, além da descapitalização dos produtores, aliada à inadimplência.
O agrônomo afirma que apesar do reajuste do preço do trigo em cerca de 5% no fim de setembro, os produtores ainda se ressentem das baixas cotações quando a cultura foi plantada, em maio e junho.
Além disso, a estiagem nos meses de abril e maio e as geadas, nos meses de agosto e setembro no Paraná e no Rio Grande do Sul --Estados que juntos correspondem a 85% da produção-- prejudicaram o desenvolvimento da cultura.
'As chuvas de primavera podem atrapalhar ainda mais o trigo, que é a única cultura que ainda está no campo. Não deve influir quantitativamente, mas qualitativamente', disse Corrêa.
Os demais produtos de inverno, como a aveia, cevada e triticale apresentaram decréscimos de 13,90%, 29,78% e 18,41%, respectivamente, na comparação com 2005. As quedas devem-se à menor área cultivada, em razão dos baixos preços da safra anterior e, ainda, dos danos causados pelas geadas nos meses de agosto e setembro.
O milho e a soja, responsáveis por cerca de 80% da produção nacional de grãos, apresentaram, em valores absolutos, os maiores ganhos de produção em relação ao ano anterior: milho 1ª safra --colhido no verão--, 4,323 milhões de toneladas (15,92%), milho 2ª safra --colhido no inverno--, 2,633 milhões de toneladas (33,08%) e soja, 1,243 milhão de tonelada (2,43%).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a safra de grãos
Safra de grãos deve crescer 3,53% em 2006, diz IBGE
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A safra de grãos deve atingir 116,546 milhões de toneladas neste ano, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola realizado pelo IBGE. A estimativa em setembro representa uma redução de 0,76% em relação à produção prevista em agosto.
No entanto, a expectativa para 2006 é 3,53% superior à obtida em 2005, quando a safra foi de 112,574 milhões de toneladas.
O IBGE estima que a área cultivada chegue a 45,618 milhões de hectares. Trata-se de uma uma queda de 4,11% em relação à área do ano passado. Entre as maiores diminuições na área cultivada estão produtos como o arroz, a soja e o trigo.
Segundo o agrônomo Paulo Renato Corrêa, que elaborou a pesquisa, o trigo foi o principal produto a puxar a redução da previsão já que a soja e o arroz são culturas de verão.
A estimativa de produção do trigo, que é o principal produto de inverno, é de 2,557 milhões de toneladas, o que representa uma significativa redução de 45,10% frente a safra do ano passado. Esse resultado é o menor desde 2000, quando foram produzidas 1,725 milhão de toneladas, e se aproxima do patamar verificado no início dos anos 80.
Segundo Corrêa, a queda na expectativa se deve à redução de 25,39% no total das áreas plantadas em todos os Estados produtores, à baixa cotação do produto no mercado interno, além da descapitalização dos produtores, aliada à inadimplência.
O agrônomo afirma que apesar do reajuste do preço do trigo em cerca de 5% no fim de setembro, os produtores ainda se ressentem das baixas cotações quando a cultura foi plantada, em maio e junho.
Além disso, a estiagem nos meses de abril e maio e as geadas, nos meses de agosto e setembro no Paraná e no Rio Grande do Sul --Estados que juntos correspondem a 85% da produção-- prejudicaram o desenvolvimento da cultura.
'As chuvas de primavera podem atrapalhar ainda mais o trigo, que é a única cultura que ainda está no campo. Não deve influir quantitativamente, mas qualitativamente', disse Corrêa.
Os demais produtos de inverno, como a aveia, cevada e triticale apresentaram decréscimos de 13,90%, 29,78% e 18,41%, respectivamente, na comparação com 2005. As quedas devem-se à menor área cultivada, em razão dos baixos preços da safra anterior e, ainda, dos danos causados pelas geadas nos meses de agosto e setembro.
O milho e a soja, responsáveis por cerca de 80% da produção nacional de grãos, apresentaram, em valores absolutos, os maiores ganhos de produção em relação ao ano anterior: milho 1ª safra --colhido no verão--, 4,323 milhões de toneladas (15,92%), milho 2ª safra --colhido no inverno--, 2,633 milhões de toneladas (33,08%) e soja, 1,243 milhão de tonelada (2,43%).
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