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07/11/2006
-
10h04
CLAUDIA ROLLI
da Folha de S.Paulo
A maior parada gay do mundo decidiu profissionalizar o evento, que ocorre há dez anos em São Paulo, e contratou uma empresa especializada em marketing e captação de recursos, com o objetivo de buscar patrocínio de empresas que aceitem associar suas marcas à comunidade GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros).
Por ano, a festa e seus eventos paralelos injetam cerca de R$ 200 milhões na economia da cidade e geram 8.000 empregos temporários, segundo Nelson Matias Pereira, presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo. Com as mudanças previstas para 2007, a expectativa é incrementar esses números em ao menos 15%, segundo estimam os organizadores.
A exemplo do que ocorre nas megafestas do 1º de Maio, realizadas pelas duas maiores centrais sindicais do país, a idéia é bancar os recursos necessários para a realização da parada --no mínimo, entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão-- com a venda de cotas de patrocínios a empresas públicas e privadas.
As cotas devem variar de R$ 50 mil a R$ 200 mil, dependendo do espaço publicitário escolhido e da consultoria empresarial incluída ao pacote. O projeto ?Parada 2007? será lançado hoje e apresentado aos potenciais patrocinadores no vão livre do Masp, em São Paulo.
A tarefa de "profissionalizar" o evento coube ao marqueteiro André Guimarães, que trabalhou durante seis anos na realização das festas do Dia do Trabalho para a Força Sindical e há três migrou para as comemorações da central rival, a CUT.
"A idéia é captar cerca de R$ 2 milhões com as cotas de patrocínio para, além de expor as marcas no material institucional, em trios elétricos, outdoors ambulantes e balões, realizar pesquisas para as empresas interessadas em saber da sua participação no segmento GLBT", afirma Guimarães, da Fun Prime, promoções e eventos.
As pesquisas para os patrocinadores que decidirem ter informações sobre o consumo de seus produtos devem ser realizadas em parceria com a Unicamp, segundo informa.
Petrobras, Caixa Econômica Federal, TIM, Shell, IBM, Microsoft e a seguradora American Life estão na lista de possíveis patrocinadores, segundo a Folha apurou. Oficialmente, parte das empresas não confirma os investimentos.
"Muitas empresas já investem nesse segmento fora do Brasil. A TAM, por exemplo, anunciou em revista do Pride Internacional 2007 [associação que reúne os organizadores de parada do mundo todo] publicada recentemente. Lá, a empresa oferece seus serviços para trazer, ao Brasil, o público dessa comunidade. Nosso objetivo é que as empresas lancem seus olhos também para o mercado interno", diz Guimarães.
A associação da parada --que organiza o desfile e os eventos paralelos que ocorrem na cidade-- espera que a "profissionalização" da festa ajude a pôr fim a um prejuízo acumulado de cerca de R$ 260 mil há três anos. "Estamos antecipando o lançamento do projeto da parada na tentativa de buscar uma solução econômica. Não queremos discutir só problemas de infra-estrutura, como todo ano ocorre", diz Pereira.
José Police Neto, secretário de Participação e Parceria da Prefeitura de São Paulo, concorda. "Está mais do que na hora de discutir se haverá 100 ou 500 banheiros químicos na parada. Há um mercado hoteleiro, gastronômico e de consumo que se beneficia e deve se envolver com o evento", diz.
TV
Durante o evento de hoje, será lançado o WiTV, o primeiro canal de TV GLBT com conteúdo não-pornográfico. Ele será transmitido para dez bares, boates e restaurantes da cidade, via internet, e deve estrear no início de 2007 em uma operadora de TV a cabo. "Foram investidos inicialmente R$ 4 milhões no projeto. E, no próximo ano, serão outros R$ 36 milhões, vindos de fundos internacionais, principalmente", diz Alberto Roitman, um dos proprietários do novo canal.
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Marqueteiro da CUT tenta tirar Parada Gay do prejuízo
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da Folha de S.Paulo
A maior parada gay do mundo decidiu profissionalizar o evento, que ocorre há dez anos em São Paulo, e contratou uma empresa especializada em marketing e captação de recursos, com o objetivo de buscar patrocínio de empresas que aceitem associar suas marcas à comunidade GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros).
Por ano, a festa e seus eventos paralelos injetam cerca de R$ 200 milhões na economia da cidade e geram 8.000 empregos temporários, segundo Nelson Matias Pereira, presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo. Com as mudanças previstas para 2007, a expectativa é incrementar esses números em ao menos 15%, segundo estimam os organizadores.
A exemplo do que ocorre nas megafestas do 1º de Maio, realizadas pelas duas maiores centrais sindicais do país, a idéia é bancar os recursos necessários para a realização da parada --no mínimo, entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão-- com a venda de cotas de patrocínios a empresas públicas e privadas.
As cotas devem variar de R$ 50 mil a R$ 200 mil, dependendo do espaço publicitário escolhido e da consultoria empresarial incluída ao pacote. O projeto ?Parada 2007? será lançado hoje e apresentado aos potenciais patrocinadores no vão livre do Masp, em São Paulo.
A tarefa de "profissionalizar" o evento coube ao marqueteiro André Guimarães, que trabalhou durante seis anos na realização das festas do Dia do Trabalho para a Força Sindical e há três migrou para as comemorações da central rival, a CUT.
"A idéia é captar cerca de R$ 2 milhões com as cotas de patrocínio para, além de expor as marcas no material institucional, em trios elétricos, outdoors ambulantes e balões, realizar pesquisas para as empresas interessadas em saber da sua participação no segmento GLBT", afirma Guimarães, da Fun Prime, promoções e eventos.
As pesquisas para os patrocinadores que decidirem ter informações sobre o consumo de seus produtos devem ser realizadas em parceria com a Unicamp, segundo informa.
Petrobras, Caixa Econômica Federal, TIM, Shell, IBM, Microsoft e a seguradora American Life estão na lista de possíveis patrocinadores, segundo a Folha apurou. Oficialmente, parte das empresas não confirma os investimentos.
"Muitas empresas já investem nesse segmento fora do Brasil. A TAM, por exemplo, anunciou em revista do Pride Internacional 2007 [associação que reúne os organizadores de parada do mundo todo] publicada recentemente. Lá, a empresa oferece seus serviços para trazer, ao Brasil, o público dessa comunidade. Nosso objetivo é que as empresas lancem seus olhos também para o mercado interno", diz Guimarães.
A associação da parada --que organiza o desfile e os eventos paralelos que ocorrem na cidade-- espera que a "profissionalização" da festa ajude a pôr fim a um prejuízo acumulado de cerca de R$ 260 mil há três anos. "Estamos antecipando o lançamento do projeto da parada na tentativa de buscar uma solução econômica. Não queremos discutir só problemas de infra-estrutura, como todo ano ocorre", diz Pereira.
José Police Neto, secretário de Participação e Parceria da Prefeitura de São Paulo, concorda. "Está mais do que na hora de discutir se haverá 100 ou 500 banheiros químicos na parada. Há um mercado hoteleiro, gastronômico e de consumo que se beneficia e deve se envolver com o evento", diz.
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Durante o evento de hoje, será lançado o WiTV, o primeiro canal de TV GLBT com conteúdo não-pornográfico. Ele será transmitido para dez bares, boates e restaurantes da cidade, via internet, e deve estrear no início de 2007 em uma operadora de TV a cabo. "Foram investidos inicialmente R$ 4 milhões no projeto. E, no próximo ano, serão outros R$ 36 milhões, vindos de fundos internacionais, principalmente", diz Alberto Roitman, um dos proprietários do novo canal.
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