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23/11/2006
-
13h02
DENYSE GODOY
da Folha Online
O mercado acionário recebeu muito bem a notícia da fusão entre as empresas de comércio eletrônico Submarino e Americanas.com. A negociação das ações do Submarino ficou suspensa na Bovespa por pouco mais de uma hora --como é praxe nesses casos até que sejam divulgadas aos investidores informações mais concretas sobre a transação--, mas, às 12h25, logo após o reinício, elas disparavam 23,42%, para R$ 64,65. No mês, a valorização acumulada até ontem é de 20,11%; no ano, é de 27,3%, e, em doze meses, chega a 60,11%.
As ações da Lojas Americanas recuavam 3,66%, para R$ 105, no entanto.
"O acordo é positivo para os acionistas das duas empresas", afirma Márcio Kawassaki, analista de varejo da Fator Corretora. "Elas vão formar um gigante que, dessa forma, terá muito mais poder de barganha com os fornecedores."
A empresa resultante da fusão será chamada B2W Companhia Global do Varejo, e seu valor de mercado é estimado por Kawassaki em R$ 8 bilhões. Nos primeiros nove meses deste ano, o Submarino faturou R$ 563 milhões e a Americanas.com, R$ 1 bilhão.
O Submarino, que tem apenas um centro de distribuição, passará a contar com mais seis, que são da Americanas.com, espalhados por todo o país. Ou seja, além dos ganhos de sinergia --a operação conjunta vai gerar uma economia de R$ 800 milhões por ano--, a B2W também terá uma ótima estrutura logística. Ainda não é possível calcular o valor de cada ação da companhia criada.
Para as Americanas.com, o grande benefício está no know-how do Submarino. "Afinal, enquanto a Americanas.com era apenas um braço das Lojas Americanas, o Submarino não tinha uma loja física, era focado exclusivamente no comércio eletrônico", explica o analista da Fator Corretora. "Como a Americanas.com vai ter aproximadamente 53% do capital da nova empresa, pode-se dizer que ela será a 'cabeça' da companhia, enquanto o dia a dia vai ser tocado pelo Submarino."
Com uma expectativa de bom desempenho, a B2W também se tornaria bastante atraente para outras empresas, nacionais ou estrangeiras, que quisessem entrar ou avançar no mercado brasileiro.
Kawassaki alerta, porém, para dois riscos de o negócio não dar certo. Primeiro, existe a hipótese de o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) impedi-lo, já que a B2W vai ter cerca de 60% de participação no mercado de varejo virtual. Segundo, os minoritários do Submarino podem não concordar com a fusão. "Mas é uma chance pequena de acontecer isso", ressalva o analista. Até porque a efetivação da transação vai significar a distribuição de R$ 500 milhões em dividendos para os acionistas do Submarino.
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As ações da Lojas Americanas recuavam 3,66%, para R$ 105, no entanto.
"O acordo é positivo para os acionistas das duas empresas", afirma Márcio Kawassaki, analista de varejo da Fator Corretora. "Elas vão formar um gigante que, dessa forma, terá muito mais poder de barganha com os fornecedores."
A empresa resultante da fusão será chamada B2W Companhia Global do Varejo, e seu valor de mercado é estimado por Kawassaki em R$ 8 bilhões. Nos primeiros nove meses deste ano, o Submarino faturou R$ 563 milhões e a Americanas.com, R$ 1 bilhão.
O Submarino, que tem apenas um centro de distribuição, passará a contar com mais seis, que são da Americanas.com, espalhados por todo o país. Ou seja, além dos ganhos de sinergia --a operação conjunta vai gerar uma economia de R$ 800 milhões por ano--, a B2W também terá uma ótima estrutura logística. Ainda não é possível calcular o valor de cada ação da companhia criada.
Para as Americanas.com, o grande benefício está no know-how do Submarino. "Afinal, enquanto a Americanas.com era apenas um braço das Lojas Americanas, o Submarino não tinha uma loja física, era focado exclusivamente no comércio eletrônico", explica o analista da Fator Corretora. "Como a Americanas.com vai ter aproximadamente 53% do capital da nova empresa, pode-se dizer que ela será a 'cabeça' da companhia, enquanto o dia a dia vai ser tocado pelo Submarino."
Com uma expectativa de bom desempenho, a B2W também se tornaria bastante atraente para outras empresas, nacionais ou estrangeiras, que quisessem entrar ou avançar no mercado brasileiro.
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