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25/01/2007 - 13h19

Queda de 0,25 ponto da Selic contradiz PAC, afirma Serra

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IVONE PORTES
da Folha Online

A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de reduzir a taxa Selic em apenas 0,25 ponto percentual é contraditória à estratégia de crescimento econômico do governo federal e às intenções do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), afirmou nesta quinta-feira o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

A redução da Selic foi anunciada ontem. A taxa caiu para 13% ao ano, após cinco cortes seguidos de 0,5 ponto percentual.

Na avaliação do governador, há um erro de análise econômica do Banco Central, pois a "inflação tem sido declinante e não há sinal de pressão inflacionária".

O governador disse ainda que, após examinar o PAC, chegou à conclusão de que não se trata de um plano de crescimento, mas de um ordenamento dos investimentos públicos.

"O PAC é apresentado como plano de crescimento econômico, mas o crescimento aparece como uma suposição", disse.

Além disso, o governador afirmou que o pacote anunciado pelo governo federal na última segunda-feira (22) depende muito dos investimentos privados, "o que já vem sendo feito."

"O impacto macroeconômico do PAC é muito pequeno do ponto de vista dos investimentos públicos", afirmou.

Serra criticou o fato de o plano do governo federal não estipular montantes para investimentos em obras como a do Rodoanel, que circundará a Grande São Paulo, e do Ferroanel Norte, que desafogará o transporte coletivo e de cargas na região metropolitana da cidade.

Para o governador, o Brasil ainda tem a taxa de juro real mais elevada do mundo, o que colabora com a forte desvalorização do dólar em relação ao real e compromete os investimentos privados no país.

Em resposta à observação do governador de São Paulo sobre o PAC, o ministro Márcio Forte (Cidades), afirmou que o programa "tem o objetivo de realizar investimentos".

"Destravar, como é a palavra do presidente [Lula], significa agilizar a realização dos investimentos. Aí que está o segredo. Não é somente ter marco regulatório, não é somente ter recursos. É ter a vontade política de fazer e com regras destravadas. É isso que nós queremos", disse ele após participar de evento na CEF (Caixa Econômica Federal), em São Paulo.

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