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05/02/2007 - 15h24

Gol quer autorizações de vôos da Varig e pode não usar marca

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KAREN CAMACHO
da Folha Online

O interesse da Gol Linhas Aéreas na Varig passa, principalmente, pelos "slots" (horários e espaços), e não pela marca ou pela empresa, segundo avaliação de especialistas em aviação. As linhas internacionais também chamam a atenção da aérea brasileira, que quer expandir suas rotas e aumentar em 50% sua capacidade neste ano.

A LAN Chile também está interessada na empresa e na demanda oferecida no país e, na última quarta-feira, comunicou ao mercado que ofereceu US$ 17,1 milhões em créditos à Nova Varig que podem ser convertidos em ações.

Se a Gol fechar negócio com a Varig, ela pode, por exemplo, não usar a marca no mercado doméstico e aproveitá-la nas linhas internacionais.

O consultor André Castelini disse que os "slots" são o "bem precioso" da Varig e que qualquer companhia teria interesse. Se fosse possível, as empresas ficariam apenas com os "slots". Para ele, a Gol pode ter interesse agora porque não corre o risco de ficar com o passivo trabalhista, situação diferente do leilão do ano passado.

Castelini acha que a Varig é interessante mesmo após decisão da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) de cancelar 119 linhas aéreas da companhia e 23 slots em Congonhas por falta de ocupação. Na semana passada, a Justiça chegou a reverter a decisão, mas a agência informou que caberá a ela a decisão e ela pretende manter os cancelamentos e repassar as linhas e os "slots" aos concorrentes no segundo semestre.

Ao todo a Varig tem 124 "slots" em Congonhas, considerando aqueles cancelados pela Anac.

A Gol, se comprar a Varig, ainda não terá liderança do mercado, que é da TAM, mas chegará mais perto da concorrente e, no futuro, pode brigar pela liderança.

Já a chilena LAN, para outros especialistas ouvidos, quer expandir suas operações na América do Sul. A aérea é a terceira empresa do setor na América do Sul, junto com a TAM e a Gol. Ela tem uma frota de 80 aeronaves de passageiros e nove de cargas. Conta com subsidiárias na Argentina, no Equador e no Peru.

A Varig foi vendida em julho passado para a VarigLog, empresa que tem o fundo de investimento americano Matlin Patterson como um dos acionistas.

O fundo, no entanto, estaria com dificuldades de incorporar novas aeronaves à empresa e, em quatro meses e meio, pode perder a concessão das rotas internacionais se não começar a operá-las.

Varig e Gol não comentam sobre o caso e não confirmam qualquer negociação.

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