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15/05/2007
-
18h30
IVONE PORTES
Editora-assistente de Dinheiro da Folha Online
A tendência de queda do dólar deve permanecer pelo menos no médio prazo. Na avaliação do diretor da Quest Investimentos, Marcelo Villela, não existem, no momento, fatores que possam provocar uma alta acentuada da cotação da divisa norte-americana em relação ao real.
O dólar comercial fechou a R$ 1,983 na venda nesta terça-feira, em queda de 1,29% sobre o fechamento anterior e desvalorização superior a 7% no ano. É a primeira vez em seis anos que a taxa cambial rompe o "patamar psicológico" dos R$ 2.
Villela destacou que a economia brasileira vive um momento favorável, com metas de inflação sob controle, previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em torno de 4% para 2007, indicadores industriais e de varejo positivos, além de um forte fluxo de capitais para o país.
"Temos de lembrar que nos últimos três, quatro meses houve uma revisão de expectativas do crescimento econômico no Brasil para cima, o que fortalece a perspectiva da economia. Por outro lado, ocorreu uma revisão da previsão da inflação para baixo. Isso tudo indica condições de indicadores macroeconômicos mais sólidos para o Brasil."
Ele ressaltou que há uma aceleração elevada no ritmo de entrada de capitais no país e que estes recursos estão vindo de todos os lados, não só do superávit da balança comercial. Citou como exemplo os IPOs (oferta pública inicial de ações) de empresas, emissões de dívidas e captações no exterior.
Segundo dados do Banco Central, a entrada de dólares no país bateu recorde em abril. O saldo de câmbio contrato, que indica a entrada e saída de moeda estrangeira no país, totalizou US$ 10,728 bilhões no mês passado. O recorde anterior era de março de 1998, quando o fluxo cambial ficou positivo em US$ 10,3 bilhões. Já a balança comercial registra saldo positivo de US$ 14,389 bilhões no ano, até a segunda semana de maio.
"Na verdade são vários canais que estão acontecendo ao mesmo tempo. E eles meio que se retroalimentam. É um mudança estrutural", acrescentou.
Além disso, destacou, o dólar vem se enfraquecendo também diante de outras moedas, como o euro, e há um excesso de liquidez de recursos no mundo.
Com perspectivas de crescimento baixo para a economia norte-americana e de redução do juro básico dos Estado Unidos --hoje em 5,25% ao ano--, os investidores buscam outras alternativas de rentabilidade, como o Brasil, o que traz mais dólares para o país.
O PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano cresceu apenas 1,3% no primeiro trimestre deste ano e, segundo Villela, deve registrar expansão de aproximadamente 2% no acumulado de 2007.
Diante do cenário atual e das perspectivas para os próximos meses, Villela afirmou que não visualiza fatores que possam motivar uma alta significativa do dólar no curto prazo, a não ser movimentos pontuais.
"As condições gerais, não só da economia brasileira mas do mundo, vão nessa direção. O que pode acontecer é uma mudança nestes fatos, nestes indicadores, nestas expectativas, caso ocorra alguma crise de curto prazo."
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Tendência de queda do dólar permanece no médio prazo, diz analista
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Editora-assistente de Dinheiro da Folha Online
A tendência de queda do dólar deve permanecer pelo menos no médio prazo. Na avaliação do diretor da Quest Investimentos, Marcelo Villela, não existem, no momento, fatores que possam provocar uma alta acentuada da cotação da divisa norte-americana em relação ao real.
O dólar comercial fechou a R$ 1,983 na venda nesta terça-feira, em queda de 1,29% sobre o fechamento anterior e desvalorização superior a 7% no ano. É a primeira vez em seis anos que a taxa cambial rompe o "patamar psicológico" dos R$ 2.
Villela destacou que a economia brasileira vive um momento favorável, com metas de inflação sob controle, previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em torno de 4% para 2007, indicadores industriais e de varejo positivos, além de um forte fluxo de capitais para o país.
"Temos de lembrar que nos últimos três, quatro meses houve uma revisão de expectativas do crescimento econômico no Brasil para cima, o que fortalece a perspectiva da economia. Por outro lado, ocorreu uma revisão da previsão da inflação para baixo. Isso tudo indica condições de indicadores macroeconômicos mais sólidos para o Brasil."
Ele ressaltou que há uma aceleração elevada no ritmo de entrada de capitais no país e que estes recursos estão vindo de todos os lados, não só do superávit da balança comercial. Citou como exemplo os IPOs (oferta pública inicial de ações) de empresas, emissões de dívidas e captações no exterior.
Segundo dados do Banco Central, a entrada de dólares no país bateu recorde em abril. O saldo de câmbio contrato, que indica a entrada e saída de moeda estrangeira no país, totalizou US$ 10,728 bilhões no mês passado. O recorde anterior era de março de 1998, quando o fluxo cambial ficou positivo em US$ 10,3 bilhões. Já a balança comercial registra saldo positivo de US$ 14,389 bilhões no ano, até a segunda semana de maio.
"Na verdade são vários canais que estão acontecendo ao mesmo tempo. E eles meio que se retroalimentam. É um mudança estrutural", acrescentou.
Além disso, destacou, o dólar vem se enfraquecendo também diante de outras moedas, como o euro, e há um excesso de liquidez de recursos no mundo.
Com perspectivas de crescimento baixo para a economia norte-americana e de redução do juro básico dos Estado Unidos --hoje em 5,25% ao ano--, os investidores buscam outras alternativas de rentabilidade, como o Brasil, o que traz mais dólares para o país.
O PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano cresceu apenas 1,3% no primeiro trimestre deste ano e, segundo Villela, deve registrar expansão de aproximadamente 2% no acumulado de 2007.
Diante do cenário atual e das perspectivas para os próximos meses, Villela afirmou que não visualiza fatores que possam motivar uma alta significativa do dólar no curto prazo, a não ser movimentos pontuais.
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