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17/05/2007 - 14h41

BRA e OceanAir apostam em demanda do interior para sobreviver

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KAREN CAMACHO
Editora-assistente de Dinheiro da Folha Online

As empresas aéreas BRA e OceanAir se uniram e apostam em um crescimento da demanda no interior dos Estados para alcançarem, juntas, 10% de participação do mercado, atualmente as duas somam cerca de 5%. "Há um duopólio no setor [entre TAM e Gol] e a estratégia dessa união é melhorar nossas condições de brigar no mercado", afirmou o vice-presidente da OceanAir, Jorge Vianna.

O setor registrou, em abril, uma das maiores concentrações. Nos vôos nacionais, TAM, Gol e Varig (comprada pela Gol em março), operam 94,1% do mercado e, no internacional, 93,4%.

As operações compartilhadas entre BRA e OceanAir começam em 18 de junho, mas a partir de 21 de maio as vendas já serão integradas. A contar daí, as companhias estimam um faturamento, dentro de 12 meses, de aproximadamente R$ 1 bilhão.

No total, as duas atenderão 55 cidades do país, sendo 14 novas. Das rotas inaugurais, a única capital é Vitória. Os novos trechos custaram às empresas investimento de R$ 20 milhões.

Serão usadas 27 aeronaves, mas as empresas planejam incorporar outras oito até o final deste ano. As companhias também afirmam que outras 50 cidades apresentam as características do mercado foco, média densidade e alto grau de conectividade.

As aéreas receberam autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para fechar o acordo de compartilhamento de vôos domésticos por dois anos, mas o período pode ser renovado.

Com o compartilhamento, as empresas poderão ampliar a ocupação das aeronaves. A meta é alcançar ocupação de 70%.

Com a malha integrada, segundo o presidente da BRA, Humberto Folegatti, as viagens poderão ser feitas em aeronaves das duas empresas, mas nenhuma rota será transferida entre as companhias. Ou seja, as empresas continuam operando seus trechos, mas também vão embarcar passageiros das parceiras. Em rotas iguais, as empresas vão alterar os horários para oferecer mais alternativas aos usuários.

Outra característica da parceria é não usar os aeroportos de Congonhas ou Cumbica para as conexões de vôos, devido aos problemas operacionais registrados nos últimos meses. As companhias também informaram que vão manter três aeronaves de reserva para evitar atrasos ou cancelamentos de vôos.

As políticas comerciais permanecem individuais e, segundo as empresas, não haverá alinhamento de preços, mesmo em trechos iguais.

Para o futuro, as empresas pretendem ampliar a aliança para os vôos internacionais e não descartam parceria com a colombiana Avianca, que pertence ao mesmo grupo da OceanAir.

A BRA voa para 32 destinos nacionais e oito internacionais e, a OceanAir atende a 25 rotas nacionais e pretende, ainda no primeiro semestre, iniciar os primeiros vôos internacionais, para África e México.

Em abril deste ano, segundo a Anac, a BRA tinha 2,58% de participação no mercado doméstico, enquanto que no mesmo período do ano passado eram 3,18%.

A OceanAir, também em abril, registrou market share de 0,93%, contra 0,7% no mesmo período do ano passado.

Em 2006, BRA e OceanAir registraram participação no mercado nacional de 4,12% e 1,46%, respectivamente. A taxa de ocupação das companhias, em 2006, foi de 75%, no caso da BRA e de 57% para OceanAir.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a BRA
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