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23/05/2007
-
20h48
MÁRCIO DINIZ
da Folha Online
Em encontro com parlamentares da bancada do Nordeste na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria), em Brasília, na manhã desta quarta-feira, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que o projeto de implementação da Ceará Steel é inviável para a empresa.
É a primeira vez que a Petrobras se posiciona contrária à construção da primeira grande siderúrgica das regiões Nordeste e Norte, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, a 60 km de Fortaleza (CE).
Anteriormente a estatal alegava que havia uma defasagem muito grande entre o preço do gás firmado no termo de intenções com as empresas que formam o empreendimento siderúrgico e o preço de mercado.
O encontro de Sérgio Gabrielli com os parlamentares foi para anunciar o investimento de R$ 28,5 bilhões que a Petrobras fará no Nordeste entre 2007 e 2010. No programa anunciado, estão projetos de gás natural, geração de energia, distribuição e refino de petróleo.
Questionando pelo deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) sobre a implementação da Ceará Steel, o presidente da Petrobras alegou que o projeto é inviável e que não interessa para a estatal este investimento.
"Para que [...] estabeleça uma usina siderúrgica é necessário a existência de três condições. A existência da matéria-prima, da tecnologia para reduzir aço em placa ou chapa e do mercado que vai consumir. E o Ceará não tem as três coisas", disse Gabrielli.
Para o presidente da Petrobras, a solução para resolver o problema é trazer mecanismos que diminuam a diferença entre o custo e o que a usina pode pagar.
"É necessário que haja uma divisão dessa diferença entre as parcelas. Nós estamos propondo que o fornecedor da matéria-prima, do equipamento, o comprador e a Petrobras reparta parte desses custos", disse o presidente da Petrobras.
Em entrevista à Folha Online, o deputado federal Raimundo Gomes de Matos disse que vai se reunir com o senador Inácio Arruda (PC do B-CE) e pedir para que a bancada do Nordeste tome uma posição sobre o caso.
O deputado tucano também disse ainda que vai pedir explicações à Comissão de Minas e Energia da Câmara.
"Como vice-líder do partido irei entrar com um requerimento na Comissão de Minas e Energia para convocar o ministro [Minas e Energia], o presidente da Petrobras e os investidores para que expliquem a real situação do caso", disse Matos.
Encontro
O café da manhã reuniu 40 deputados e senadores. Entre os parlamentares estavam os deputados Inocêncio Oliveira (PR-PE), José Carlos Aleluia (DEM-BA), Walter Pinheiro (PT-BA), Edigar Mão Santa (PV-BA), e o senador Albano Franco (PSDB-SE).
Da bancanda cearense, participaram os deputados Raimundo Gomes de Matos (PSDB), padre Zé Linhares (PP), Ariosto Holanda (PSB), Arnon Bezerra (PTB), pastor Flávio Bezerra (PMDB), Gorete Pereira (PR), Mauro Benevides (PMDB), José Airton Cirilo (PT) e Chico Lopes (PC do B).
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Em encontro com parlamentares da bancada do Nordeste na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria), em Brasília, na manhã desta quarta-feira, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que o projeto de implementação da Ceará Steel é inviável para a empresa.
Marcelo Velasco/Divulgação |
Presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, e Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) em encontro na sede da CNI |
Anteriormente a estatal alegava que havia uma defasagem muito grande entre o preço do gás firmado no termo de intenções com as empresas que formam o empreendimento siderúrgico e o preço de mercado.
O encontro de Sérgio Gabrielli com os parlamentares foi para anunciar o investimento de R$ 28,5 bilhões que a Petrobras fará no Nordeste entre 2007 e 2010. No programa anunciado, estão projetos de gás natural, geração de energia, distribuição e refino de petróleo.
Questionando pelo deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) sobre a implementação da Ceará Steel, o presidente da Petrobras alegou que o projeto é inviável e que não interessa para a estatal este investimento.
"Para que [...] estabeleça uma usina siderúrgica é necessário a existência de três condições. A existência da matéria-prima, da tecnologia para reduzir aço em placa ou chapa e do mercado que vai consumir. E o Ceará não tem as três coisas", disse Gabrielli.
Para o presidente da Petrobras, a solução para resolver o problema é trazer mecanismos que diminuam a diferença entre o custo e o que a usina pode pagar.
"É necessário que haja uma divisão dessa diferença entre as parcelas. Nós estamos propondo que o fornecedor da matéria-prima, do equipamento, o comprador e a Petrobras reparta parte desses custos", disse o presidente da Petrobras.
Em entrevista à Folha Online, o deputado federal Raimundo Gomes de Matos disse que vai se reunir com o senador Inácio Arruda (PC do B-CE) e pedir para que a bancada do Nordeste tome uma posição sobre o caso.
O deputado tucano também disse ainda que vai pedir explicações à Comissão de Minas e Energia da Câmara.
"Como vice-líder do partido irei entrar com um requerimento na Comissão de Minas e Energia para convocar o ministro [Minas e Energia], o presidente da Petrobras e os investidores para que expliquem a real situação do caso", disse Matos.
Encontro
O café da manhã reuniu 40 deputados e senadores. Entre os parlamentares estavam os deputados Inocêncio Oliveira (PR-PE), José Carlos Aleluia (DEM-BA), Walter Pinheiro (PT-BA), Edigar Mão Santa (PV-BA), e o senador Albano Franco (PSDB-SE).
Da bancanda cearense, participaram os deputados Raimundo Gomes de Matos (PSDB), padre Zé Linhares (PP), Ariosto Holanda (PSB), Arnon Bezerra (PTB), pastor Flávio Bezerra (PMDB), Gorete Pereira (PR), Mauro Benevides (PMDB), José Airton Cirilo (PT) e Chico Lopes (PC do B).
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