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05/04/2001
-
20h49
HUMBERTO MEDINA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Com o objetivo de evitar o racionamento de energia elétrica a partir de junho, o governo anunciou hoje um plano, com 25 medidas, para conter o consumo e, ao mesmo tempo, aumentar a oferta em cerca de 11 mil megawatts no Sudeste e Centro-Oeste e 4.000 MW no Nordeste.
O objetivo é reduzir em 10% o consumo de energia elétrica nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A maior parte das medidas precisa ser negociada antes de ser adotada.
Caso o plano não dê os resultados esperados até o final de maio, o governo vai adotar medidas de racionamento, disse o diretor-executivo da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), José Mário Abdo.
Para incentivar a redução do consumo, o governo quer, entre outras medidas, cortar 15% dos gastos com energia em prédios públicos e trocar as lâmpadas de iluminação pública por modelos mais econômicos. O governo também estuda formas de financiar a troca de lâmpadas para população de baixa renda.
Após o feriado da Páscoa, o governo inicia campanha no rádio, na TV, nos jornais e nas escolas para incentivar a redução de consumo nas casas. A expectativa é diminuir o consumo em 5%.
Também faz parte do plano reduzir o uso do ar-condicionado em indústrias, comércio e casas.
A maior parte das medidas do plano do governo está na área de aumento da geração. Pelo plano, será possível aumentar a capacidade em aproximadamente 11 mil megawatts no Sudeste e Centro-Oeste e 4.000 megawatts médios no Nordeste, a ser usados durante todo o período seco (maio a novembro).
Além de aumentar a geração de algumas usinas, o governo quer importar energia da Argentina (400 MW), antecipar a construção de hidroelétricas e incentivar o programa de termelétricas.
Reservatórios
O risco de falta de energia elétrica existe porque as chuvas em janeiro, fevereiro e abril foram insuficientes para abastecer os reservatórios das usinas hidroelétricas das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
De acordo com a última medição do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste estão com 35,06% de sua capacidade e os da região Nordeste, com 36,65%.
Para que o país pudesse passar o período seco sem risco de falta de energia, seria necessário que os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste estivessem com 49% e os do Nordeste, com 50%.
O ONS estima que, até o final de abril, o nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste ficaria entre 27% e 36%. Na região Nordeste, o nível ficaria entre 35% e 36%.
Governo divulga plano para evitar racionamento de energia em junho
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Com o objetivo de evitar o racionamento de energia elétrica a partir de junho, o governo anunciou hoje um plano, com 25 medidas, para conter o consumo e, ao mesmo tempo, aumentar a oferta em cerca de 11 mil megawatts no Sudeste e Centro-Oeste e 4.000 MW no Nordeste.
O objetivo é reduzir em 10% o consumo de energia elétrica nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A maior parte das medidas precisa ser negociada antes de ser adotada.
Caso o plano não dê os resultados esperados até o final de maio, o governo vai adotar medidas de racionamento, disse o diretor-executivo da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), José Mário Abdo.
Para incentivar a redução do consumo, o governo quer, entre outras medidas, cortar 15% dos gastos com energia em prédios públicos e trocar as lâmpadas de iluminação pública por modelos mais econômicos. O governo também estuda formas de financiar a troca de lâmpadas para população de baixa renda.
Após o feriado da Páscoa, o governo inicia campanha no rádio, na TV, nos jornais e nas escolas para incentivar a redução de consumo nas casas. A expectativa é diminuir o consumo em 5%.
Também faz parte do plano reduzir o uso do ar-condicionado em indústrias, comércio e casas.
A maior parte das medidas do plano do governo está na área de aumento da geração. Pelo plano, será possível aumentar a capacidade em aproximadamente 11 mil megawatts no Sudeste e Centro-Oeste e 4.000 megawatts médios no Nordeste, a ser usados durante todo o período seco (maio a novembro).
Além de aumentar a geração de algumas usinas, o governo quer importar energia da Argentina (400 MW), antecipar a construção de hidroelétricas e incentivar o programa de termelétricas.
Reservatórios
O risco de falta de energia elétrica existe porque as chuvas em janeiro, fevereiro e abril foram insuficientes para abastecer os reservatórios das usinas hidroelétricas das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
De acordo com a última medição do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste estão com 35,06% de sua capacidade e os da região Nordeste, com 36,65%.
Para que o país pudesse passar o período seco sem risco de falta de energia, seria necessário que os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste estivessem com 49% e os do Nordeste, com 50%.
O ONS estima que, até o final de abril, o nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste ficaria entre 27% e 36%. Na região Nordeste, o nível ficaria entre 35% e 36%.
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