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17/05/2001
-
10h20
ANDRÉ SOLIANI e HUMBERTO MEDINA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O racionamento de eletricidade começa hoje. Cerca de um terço da iluminação pública das ruas deverá ser apagada. Estão proibidos os jogos de futebol -e esportes em geral- após as 18h. As noites também vão ficar sem shows e festas em ambientes abertos, sem parques de diversões, exposições, rodeios, circos -todos aqueles que exijam fornecimento provisório de energia.
As medidas fazem parte de um pacote anunciado ontem pelo ''ministro do apagão'', Pedro Parente, e antecipam o corte de energia com início antes previsto para 1º de junho.
O governo não informou até quando as medidas permanecerão em vigor. Também não explicou quanta energia será poupada com tais providências.
Empresas com novos investimentos comerciais ou industriais que ainda não tiverem firmado contrato para receber energia vão ter de adiar o início de seus negócios até o fim do racionamento.
O minipacote de apagões também proíbe o gasto de energia em monumentos, peças de publicidade -como outdoors- e fachadas de prédios públicos federais. O plano atinge o Distrito Federal e 16 Estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
As principais medidas do racionamento serão anunciadas pelo Palácio do Planalto amanhã, depois da aprovação do presidente Fernando Henrique Cardoso.
O coordenador de redução de consumo da GCE (Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, o ''ministério do apagão''), Euclides Scalco, disse esperar que as medidas de ontem e de amanhã evitem os apagões. A idéia é definir cotas e cobrar tarifas maiores de quem consome mais energia.
Para Scalco, as medidas anunciadas ontem ''atingem atividades acessórias e supérfluas''. Entre as atividades atingidas está o funcionamento de novos negócios.
As indústrias em processo de instalação que ainda não negociaram contrato de fornecimento de energia terão de adiar o projeto. A partir de hoje, as distribuidoras estão proibidas de atender novos pedidos de ligação elétrica ou de aumento de carga.
De resto, se uma pessoa estiver, por exemplo, reformando sua casa para instalação de banheira de hidromassagem e a rede instalada não tem energia suficiente, ele não terá um eventual pedido de aumento de carga aceito.
A medida garante o fornecimento de eletricidade para novas residências e para áreas rurais.
Para o presidente da CPFL, Wilson Ferreira Júnior, a proibição de fornecer energia para novos negócios e para a expansão de empresas significará uma economia de 1% a 2% no consumo total.
''Todo mundo vai ter de fazer sacrifícios'', afirmou Scalco para justificar a resolução, que restringe sobretudo as atividades culturais e esportivas. ''É melhor fechar a Votorantim ou um circo?''
Veja especial sobre a Crise Energética
Racionamento de energia começa hoje e antecipa cortes
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O racionamento de eletricidade começa hoje. Cerca de um terço da iluminação pública das ruas deverá ser apagada. Estão proibidos os jogos de futebol -e esportes em geral- após as 18h. As noites também vão ficar sem shows e festas em ambientes abertos, sem parques de diversões, exposições, rodeios, circos -todos aqueles que exijam fornecimento provisório de energia.
As medidas fazem parte de um pacote anunciado ontem pelo ''ministro do apagão'', Pedro Parente, e antecipam o corte de energia com início antes previsto para 1º de junho.
O governo não informou até quando as medidas permanecerão em vigor. Também não explicou quanta energia será poupada com tais providências.
Empresas com novos investimentos comerciais ou industriais que ainda não tiverem firmado contrato para receber energia vão ter de adiar o início de seus negócios até o fim do racionamento.
O minipacote de apagões também proíbe o gasto de energia em monumentos, peças de publicidade -como outdoors- e fachadas de prédios públicos federais. O plano atinge o Distrito Federal e 16 Estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
As principais medidas do racionamento serão anunciadas pelo Palácio do Planalto amanhã, depois da aprovação do presidente Fernando Henrique Cardoso.
O coordenador de redução de consumo da GCE (Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, o ''ministério do apagão''), Euclides Scalco, disse esperar que as medidas de ontem e de amanhã evitem os apagões. A idéia é definir cotas e cobrar tarifas maiores de quem consome mais energia.
Para Scalco, as medidas anunciadas ontem ''atingem atividades acessórias e supérfluas''. Entre as atividades atingidas está o funcionamento de novos negócios.
As indústrias em processo de instalação que ainda não negociaram contrato de fornecimento de energia terão de adiar o projeto. A partir de hoje, as distribuidoras estão proibidas de atender novos pedidos de ligação elétrica ou de aumento de carga.
De resto, se uma pessoa estiver, por exemplo, reformando sua casa para instalação de banheira de hidromassagem e a rede instalada não tem energia suficiente, ele não terá um eventual pedido de aumento de carga aceito.
A medida garante o fornecimento de eletricidade para novas residências e para áreas rurais.
Para o presidente da CPFL, Wilson Ferreira Júnior, a proibição de fornecer energia para novos negócios e para a expansão de empresas significará uma economia de 1% a 2% no consumo total.
''Todo mundo vai ter de fazer sacrifícios'', afirmou Scalco para justificar a resolução, que restringe sobretudo as atividades culturais e esportivas. ''É melhor fechar a Votorantim ou um circo?''
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