Publicidade
Publicidade
14/09/2001
-
04h40
JOSÉ SERGIO OSSE
da Folha de S.Paulo
As principais Bolsas do planeta só reabrirão na segunda-feira, informou ontem a Securities and Exchange Comission (SEC, a CVM americana). A decisão foi tomada em uma reunião com representantes das Bolsas de Nova York e Nasdaq e a SEC, que acreditam que não há clima para a retomada dos negócios.
A paralisação de quatro dias nos mercados, a maior em 87 anos, foi causada pelo atentado terrorista que, na terça, destruiu o World Trade Center, em Nova York, e parte do Pentágono, nas imediações de Washington.
O presidente da Bolsa de Valores de Nova York, Richard Grasso, afirmou esperar que os investidores se comportem como "cavalheiros" no retorno dos negócios em respeito às vidas perdidas com os ataques.
Uma das grandes preocupações dos analistas e economistas americanos é quanto ao que pode acontecer na volta às operações. Eles temem que o impacto negativo dos atentados influencie os investidores e derrubem as Bolsas.
Apesar dessa preocupação, alguns estrategistas de mercado já começaram a minimizar o problema e a se mostrar mais otimistas. A Bolsa de Valores de Toronto (Canadá), o único mercado acionário da América do Norte a voltar a operar ontem, fechou em alta, assim como a maioria dos mercados europeus. "Boa parte da incerteza está começando a se dissipar -existe uma luz no fim do túnel para nós", disse Arthur Hogan, analista-chefe de mercado da corretora Jeffereis & Co.
A Chicago Board Options Exchange (CBOE), a maior Bolsa de futuros do país, anunciou que também permanecerá fechada hoje. Segundo uma porta-voz da instituição, nem mesmo é certo que a CBOE volte a funcionar na segunda-feira. Isso é um problema para os analistas, pois é a cotação dos contratos futuros desse mercado que dá o tom de abertura das Bolsas no país.
Testes
A reabertura dos mercados estará condicionada a um teste que será feito hoje e amanhã nos sistemas operacionais de negociação, informou o presidente da Bolsa eletrônica Nasdaq, Hardwick Simmons. "Queremos ter a certeza de que todo o sistema esteja testado e funcionando, ou não vamos voltar à atividade".
A preocupação geral é quanto à impressão negativa que uma falha no sistema de negociações terá nos consumidores e investidores. Segundo Dale Carson, porta-voz da Bolsa de Valores do Pacífico, em São Francisco, uma falha nos computadores poderia piorar ainda mais a situação.
Operadores de Wall Street receberam bem a notícia de que o mercado só voltará à ativa na segunda-feira. "Acho muito melhor que o mercado só reabra na segunda-feira", disse Donna Van Vlack, diretora de operações da Brandywine Asset Management. "É melhor para que todo mundo possa digerir o que está acontecendo, pensar e racionalizar e, aí, decida qual o caminho a seguir".
Essa é a maior paralisação do mercado americano desde 1914, durante a 1ª Guerra Mundial, quando os negócios ficaram paralisados por quatro meses e meio.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Wall Street só deve voltar a funcionar na segunda-feira
Publicidade
da Folha de S.Paulo
As principais Bolsas do planeta só reabrirão na segunda-feira, informou ontem a Securities and Exchange Comission (SEC, a CVM americana). A decisão foi tomada em uma reunião com representantes das Bolsas de Nova York e Nasdaq e a SEC, que acreditam que não há clima para a retomada dos negócios.
A paralisação de quatro dias nos mercados, a maior em 87 anos, foi causada pelo atentado terrorista que, na terça, destruiu o World Trade Center, em Nova York, e parte do Pentágono, nas imediações de Washington.
O presidente da Bolsa de Valores de Nova York, Richard Grasso, afirmou esperar que os investidores se comportem como "cavalheiros" no retorno dos negócios em respeito às vidas perdidas com os ataques.
Uma das grandes preocupações dos analistas e economistas americanos é quanto ao que pode acontecer na volta às operações. Eles temem que o impacto negativo dos atentados influencie os investidores e derrubem as Bolsas.
Apesar dessa preocupação, alguns estrategistas de mercado já começaram a minimizar o problema e a se mostrar mais otimistas. A Bolsa de Valores de Toronto (Canadá), o único mercado acionário da América do Norte a voltar a operar ontem, fechou em alta, assim como a maioria dos mercados europeus. "Boa parte da incerteza está começando a se dissipar -existe uma luz no fim do túnel para nós", disse Arthur Hogan, analista-chefe de mercado da corretora Jeffereis & Co.
A Chicago Board Options Exchange (CBOE), a maior Bolsa de futuros do país, anunciou que também permanecerá fechada hoje. Segundo uma porta-voz da instituição, nem mesmo é certo que a CBOE volte a funcionar na segunda-feira. Isso é um problema para os analistas, pois é a cotação dos contratos futuros desse mercado que dá o tom de abertura das Bolsas no país.
Testes
A reabertura dos mercados estará condicionada a um teste que será feito hoje e amanhã nos sistemas operacionais de negociação, informou o presidente da Bolsa eletrônica Nasdaq, Hardwick Simmons. "Queremos ter a certeza de que todo o sistema esteja testado e funcionando, ou não vamos voltar à atividade".
A preocupação geral é quanto à impressão negativa que uma falha no sistema de negociações terá nos consumidores e investidores. Segundo Dale Carson, porta-voz da Bolsa de Valores do Pacífico, em São Francisco, uma falha nos computadores poderia piorar ainda mais a situação.
Operadores de Wall Street receberam bem a notícia de que o mercado só voltará à ativa na segunda-feira. "Acho muito melhor que o mercado só reabra na segunda-feira", disse Donna Van Vlack, diretora de operações da Brandywine Asset Management. "É melhor para que todo mundo possa digerir o que está acontecendo, pensar e racionalizar e, aí, decida qual o caminho a seguir".
Essa é a maior paralisação do mercado americano desde 1914, durante a 1ª Guerra Mundial, quando os negócios ficaram paralisados por quatro meses e meio.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice