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14/09/2001
-
12h50
ELAINE COTTA
da Folha Online
Ainda há muitas dúvidas com relação ao tamanho do impacto que os ataques terroristas que abalaram os EUA na última terça-feira terão na economia brasileira. Os EUA são o principal parceiro comercial do Brasil.
Muitos analistas acreditam que o cenário de guerra poderá afetar ainda mais a já desaquecida economia norte-americana, o que consequentemente reduzirá o volume de suas importações, entre elas as de empresas brasileiras.
Mas há também quem acredite que um clima de guerra poderá estimular a economia, já que o governo americano está disposto a gastar muito dinheiro na reconstrução das áreas atingidas pelos atentados, além de fazer mais investimentos em tecnologia.
Até o momento ninguém arriscou fazer projeções numéricas sobre quanto o comércio internacional poderia perder - ou ganhar - com a crise norte-americana e há muita divergência sobre o tema.
O coordenador da assessoria técnica da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), Joselino Gomes Pires, é da opinião de que o cenário americano não afetará o comércio entre as indústrias brasileiras e as norte-americanas.
Segundo ele, os atentados tiveram um impacto mais emocional do que econômico. "O setor produtivo do país não parou'', disse.
No entanto, alguns economistas são da opinião de que a balança comercial poderá sim ser afetada pela crise. Os analistas do BBV acreditam que a paralisação dos aeroportos norte-americanos nos últimos dias poderá trazer um prejuízo, mesmo que pequeno, a setores como o de calçados e de frutas e produtos perecíveis.
"Essa situação deve ser normalizada tão logo os aeroportos sejam reabertos, mas algum prejuízo, ainda que pequeno, pode ser observado na balança comercial desse mês'', diz o BBV.
"O desaquecimento da economia mundial e a possibilidade dos EUA reduzirem o volume de suas importações depois dos eventos da última terça-feira podem influenciar a balança e é muito mais preocupantes que a alta do dólar, que terá influência restrita'', afirma a analista de câmbio da Corretora Fator, Samantha Salvetti.
Os EUA são o principal parceiro comercial do Brasil, tanto para importações como para exportações. Entre janeiro e julho deste ano, 24% das vendas externas do Brasil foram destinadas aos EUA, o que representou US$ 8,2 bilhões na nossa balança comercial.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Impactos dos ataques ainda geram dúvidas no Brasil
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da Folha Online
Ainda há muitas dúvidas com relação ao tamanho do impacto que os ataques terroristas que abalaram os EUA na última terça-feira terão na economia brasileira. Os EUA são o principal parceiro comercial do Brasil.
Muitos analistas acreditam que o cenário de guerra poderá afetar ainda mais a já desaquecida economia norte-americana, o que consequentemente reduzirá o volume de suas importações, entre elas as de empresas brasileiras.
Mas há também quem acredite que um clima de guerra poderá estimular a economia, já que o governo americano está disposto a gastar muito dinheiro na reconstrução das áreas atingidas pelos atentados, além de fazer mais investimentos em tecnologia.
Até o momento ninguém arriscou fazer projeções numéricas sobre quanto o comércio internacional poderia perder - ou ganhar - com a crise norte-americana e há muita divergência sobre o tema.
O coordenador da assessoria técnica da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), Joselino Gomes Pires, é da opinião de que o cenário americano não afetará o comércio entre as indústrias brasileiras e as norte-americanas.
Segundo ele, os atentados tiveram um impacto mais emocional do que econômico. "O setor produtivo do país não parou'', disse.
No entanto, alguns economistas são da opinião de que a balança comercial poderá sim ser afetada pela crise. Os analistas do BBV acreditam que a paralisação dos aeroportos norte-americanos nos últimos dias poderá trazer um prejuízo, mesmo que pequeno, a setores como o de calçados e de frutas e produtos perecíveis.
"Essa situação deve ser normalizada tão logo os aeroportos sejam reabertos, mas algum prejuízo, ainda que pequeno, pode ser observado na balança comercial desse mês'', diz o BBV.
"O desaquecimento da economia mundial e a possibilidade dos EUA reduzirem o volume de suas importações depois dos eventos da última terça-feira podem influenciar a balança e é muito mais preocupantes que a alta do dólar, que terá influência restrita'', afirma a analista de câmbio da Corretora Fator, Samantha Salvetti.
Os EUA são o principal parceiro comercial do Brasil, tanto para importações como para exportações. Entre janeiro e julho deste ano, 24% das vendas externas do Brasil foram destinadas aos EUA, o que representou US$ 8,2 bilhões na nossa balança comercial.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
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