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17/09/2001 - 04h55

FMI vai adiar encontro nos EUA

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JOSÉ SERGIO OSSE
da Folha de S.Paulo

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (Bird) adiaram suas reuniões anuais, programadas para o fim deste mês, por causa dos atentados terroristas em Nova York e em Washington, anunciaram ontem redes de televisão dos EUA. As instituições temem pela segurança do encontro depois que terroristas destruíram o World Trade Center e parte do Pentágono.

Um anúncio oficial do adiamento das reuniões deve ser divulgado ainda hoje, revelaram executivos das duas instituições, que pediram para não ser identificados.

"O Fundo e o Bird têm um acordo preliminar que garante o adiamento, mas os comitês executivos ainda têm que confirmar a ação", disse um deles.

Segundo a porta-voz do Bird, Caroline Anstey, a instituição não quer atrapalhar as operações das autoridades americanas envolvidas no resgate às vítimas dos atentados. "Por causa da tragédia, todos estão focados em como podemos ajudar a polícia para ter certeza de que eles estão concentrados no que é melhor para a segurança nacional", disse ela. "Não queremos arrastar a polícia para tratar de outros negócios."

Os encontros deste mês, anteriormente marcados para os dias 29 e 30, ainda não têm nova data para ocorrer, disseram os executivos do FMI e do Bird. Segundo eles, nem mesmo é certo que eles irão ocorrer.

As reuniões das duas instituições arrastam uma multidão de manifestantes antiglobalização, onde quer que sejam feitas. Nessas ocasiões, grandes efetivos de forças policiais são convocados para garantir a segurança dos encontros.

Por causa disso, o chefe de polícia do Distrito de Colúmbia (onde fica o Pentágono), Charles Ramsey, pediu que as reuniões fossem canceladas. Até terça-feira, ele esperava contar com todo o seu pessoal e mesmo com reforços vindos de Nova York para fazer a segurança dos eventos.

Cancelamento
Os ativistas antiglobalização que organizavam os protestos para os dias das reuniões do FMI e do Bird anunciaram ontem que não vão realizar protestos e manifestações de rua, caso os encontros realmente ocorram.

"A Mobilização pela Justiça Global [um dos grupos que realizam atos contra a globalização" decidiu cancelar o movimento nas ruas devido aos eventos ocorridos no dia 11 e espera que o encontro seja cancelado", afirmou Robert Naiman, um dos responsáveis pela organização, que enviou e-mail a participantes das mobilizações do grupo, para avisá-los.

Outra organização que luta contra a globalização, o Centro de Ação Internacional, informou que espera que seja realizada, no lugar de atos contra a globalização, "uma marcha contra a guerra e o racismo", no próximo dia 29.

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