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18/09/2001 - 19h09

Terroristas podem ter "especulado" no mercado com atentatos

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GIULIANO GUANDALINI
da Folha de S.Paulo

A cabeça do saudita Osama bin Laden está a prêmio também no mundo financeiro. Autoridades monetárias dos EUA, da Europa e da Ásia começaram a trocar informações hoje na tentativa de localizar investimentos feitos pelos terroristas nas Bolsas de Valores.

Existe a suspeita de que Bin Laden (ou pessoas associadas a ele) tenha feito especulação financeira no mercado acionário prevendo as consequências dos ataques executados na semana passada.

Investigadores e reguladores do sistema financeiro mantiveram uma conferência por telefone, na segunda, para traçar estratégias. Segundo o BAWe, órgão de fiscalização da Alemanha, entre 10 e 12 países participaram da conferência, entre eles os EUA. "Estamos trocando idéias e observando os mercados", disse uma porta-voz.

A conferência foi organizada pela Organização Internacional das Comissões de Segurança (Iosco, na sigla em inglês), com sede em Madri (Espanha).

O presidente da Bolsa de Tóquio, Masaaki Tsuchida, declarou que os mercados do Japão estão sendo investigados. Bancos e reguladores de Hong Kong estão fazendo o mesmo.

Os terroristas poderiam ganhar dinheiro com um recurso chamado venda a descoberto ("short selling"). Os especuladores vendem ações imaginando que o preço vá cair, para comprar mais tarde, a preço menor. Depois dos ataques, ações de companhias aéreas e seguradoras desabaram.

"É pura especulação", disse Michel Campanella, da corretora Socopa, referindo-se à venda a descoberto. "No Brasil, isso não é permitido. O especulador precisaria alugar ações de alguém."

Um decreto do presidente Fernando Henrique Cardoso, do dia 19 de fevereiro deste ano, impede a movimentação financeira, no Brasil, de Osama bin Laden e de pessoas ou grupos associados a ele. A medida foi tomada em concordância com resolução do Conselho de Segurança da ONU.

De acordo com o Banco Central, um sistema informatizado foi usado para rastrear contas desses terroristas, mas nada foi achado.


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