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19/09/2001
-
08h52
FABRICIO VIEIRA
da Folha de S.Paulo
Os investidores fugiram dos fundos de ações na última semana, enquanto a Bolsa de Valores de São Paulo despencava. A migração desses recursos foi sentida nos fundos que acompanham a variação do dólar e dos juros.
Essa ação defensiva dos investidores fez os fundos de ações perderem cerca de R$ 900 milhões em apenas três dias. Enquanto isso, os fundos cambiais engordavam em R$ 300 milhões, e os DI _que acompanham os juros_, R$ 900 milhões.
A movimentação mais forte nos fundos de investimentos começou na terça-feira passada, dia dos ataques terroristas nos Estados Unidos. A queda recorde das ações na Bovespa, a disparada do dólar e o aumento das apostas em nova elevação dos juros pelo governo brasileiro fizeram os investidores refazerem seus planos.
O diretor de renda variável do BNP Paribas Asset Management, Jacopo Valentino, afirma que já era esperado esse movimento, com a maior percepção de risco do mercado acionário após os ataques aos Estados Unidos.
"O mais difícil é o investidor conseguir sair na hora certa, evitando perdas maiores", afirmou Valentino.
O patrimônio líquido (PL) dos fundos de ações estava em R$ 21,3 bilhões na segunda da semana passada. Na última quinta, recuou para R$ 20,4 bilhões, segundo a Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).
"A migração dos investidores é natural, pois o brasileiro não está acostumado a manter recursos aplicados em ações. Sempre que o mercado sinaliza com uma piora, a tendência é haver esse tipo de fuga", diz o diretor da ClickInvest, Carlos Augusto Levorin.
Enquanto os investidores viam suas aplicações evaporarem na Bolsa paulista, que acumulou desvalorização de mais de 18% apenas na semana passada, as perspectivas de ganhos nos fundos cambiais e DI aumentavam.
Até o último dia 13, a Anbid projetava ganho de 1,5% em 30 dias para os investidores que aplicavam nos fundos DI. Já o lucro dos fundos cambiais no mesmo período chegava a 7,16%.
Os fundos cambiais são compostos basicamente por títulos públicos e dólares contratados no mercado futuro negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
"Mesmo que o mercado tenha se acalmado um pouco hoje [ontem], essas aplicações vão continuar mais interessantes que as ações", afirma Levorin.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Investidor foge de fundo de ações
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da Folha de S.Paulo
Os investidores fugiram dos fundos de ações na última semana, enquanto a Bolsa de Valores de São Paulo despencava. A migração desses recursos foi sentida nos fundos que acompanham a variação do dólar e dos juros.
Essa ação defensiva dos investidores fez os fundos de ações perderem cerca de R$ 900 milhões em apenas três dias. Enquanto isso, os fundos cambiais engordavam em R$ 300 milhões, e os DI _que acompanham os juros_, R$ 900 milhões.
A movimentação mais forte nos fundos de investimentos começou na terça-feira passada, dia dos ataques terroristas nos Estados Unidos. A queda recorde das ações na Bovespa, a disparada do dólar e o aumento das apostas em nova elevação dos juros pelo governo brasileiro fizeram os investidores refazerem seus planos.
O diretor de renda variável do BNP Paribas Asset Management, Jacopo Valentino, afirma que já era esperado esse movimento, com a maior percepção de risco do mercado acionário após os ataques aos Estados Unidos.
"O mais difícil é o investidor conseguir sair na hora certa, evitando perdas maiores", afirmou Valentino.
O patrimônio líquido (PL) dos fundos de ações estava em R$ 21,3 bilhões na segunda da semana passada. Na última quinta, recuou para R$ 20,4 bilhões, segundo a Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).
"A migração dos investidores é natural, pois o brasileiro não está acostumado a manter recursos aplicados em ações. Sempre que o mercado sinaliza com uma piora, a tendência é haver esse tipo de fuga", diz o diretor da ClickInvest, Carlos Augusto Levorin.
Enquanto os investidores viam suas aplicações evaporarem na Bolsa paulista, que acumulou desvalorização de mais de 18% apenas na semana passada, as perspectivas de ganhos nos fundos cambiais e DI aumentavam.
Até o último dia 13, a Anbid projetava ganho de 1,5% em 30 dias para os investidores que aplicavam nos fundos DI. Já o lucro dos fundos cambiais no mesmo período chegava a 7,16%.
Os fundos cambiais são compostos basicamente por títulos públicos e dólares contratados no mercado futuro negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
"Mesmo que o mercado tenha se acalmado um pouco hoje [ontem], essas aplicações vão continuar mais interessantes que as ações", afirma Levorin.
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