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20/09/2001
-
08h38
CLÁUDIA DIANNI
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O Brasil está sem interlocutor na Argentina para discutir os problemas do Mercosul, disse o coordenador brasileiro do bloco, embaixador José Botafogo Gonçalves.
Na sua avaliação, as constantes críticas feitas pelo ministro da Economia do país vizinho, Domingo Cavallo, ao modelo de integração do bloco e ao sistema cambial brasileiro provaram que não será com ele que o Brasil vai resolver os problemas do Mercosul.
Por isso, o governo não vai tomar nenhuma medida que possa abalar o que resta do Mercosul até o próximo mês, quando haverá eleições legislativas na Argentina, porque poderá haver mudanças no país vizinho.
O governo vai esperar os desdobramentos políticos das eleições inclusive para decidir como reagir às medidas argentinas que podem ser contestadas na OMC (Organização Mundial do Comércio).
Na semana passada, o parceiro comercial passou a restituir parte de alguns impostos para as exportações, inclusive para o Brasil. A OMC considera essa medida um subsídio, ou seja, ajuda do governo que distorce o comércio.
Outra iniciativa da Argentina que compromete as relações comerciais dentro do bloco é a adoção de um mecanismo que leva os funcionários das aduanas argentinas a investigar o preço de alguns dos principais produtos da pauta comercial entre Brasil e Argentina _têxteis, bicicletas e aço, por exemplo. Essa medida atrasa a entrada do produto na Argentina, o que caracteriza protecionismo.
O Brasil suspendeu as discussões sobre esses problemas em julho, quando a Argentina igualou as condições dos exportadores brasileiros às dos exportadores de fora do Mercosul para produtos de telecomunicações e informática.
Como resposta, foram congeladas também as discussões para melhorar o comércio de automóveis, em regime de transição até 2006, quando os produtos do setor poderão circular livremente no Mercosul.
Leia mais no especial sobre Argentina
Brasil não vê Cavallo como interlocutor
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O Brasil está sem interlocutor na Argentina para discutir os problemas do Mercosul, disse o coordenador brasileiro do bloco, embaixador José Botafogo Gonçalves.
Na sua avaliação, as constantes críticas feitas pelo ministro da Economia do país vizinho, Domingo Cavallo, ao modelo de integração do bloco e ao sistema cambial brasileiro provaram que não será com ele que o Brasil vai resolver os problemas do Mercosul.
Por isso, o governo não vai tomar nenhuma medida que possa abalar o que resta do Mercosul até o próximo mês, quando haverá eleições legislativas na Argentina, porque poderá haver mudanças no país vizinho.
O governo vai esperar os desdobramentos políticos das eleições inclusive para decidir como reagir às medidas argentinas que podem ser contestadas na OMC (Organização Mundial do Comércio).
Na semana passada, o parceiro comercial passou a restituir parte de alguns impostos para as exportações, inclusive para o Brasil. A OMC considera essa medida um subsídio, ou seja, ajuda do governo que distorce o comércio.
Outra iniciativa da Argentina que compromete as relações comerciais dentro do bloco é a adoção de um mecanismo que leva os funcionários das aduanas argentinas a investigar o preço de alguns dos principais produtos da pauta comercial entre Brasil e Argentina _têxteis, bicicletas e aço, por exemplo. Essa medida atrasa a entrada do produto na Argentina, o que caracteriza protecionismo.
O Brasil suspendeu as discussões sobre esses problemas em julho, quando a Argentina igualou as condições dos exportadores brasileiros às dos exportadores de fora do Mercosul para produtos de telecomunicações e informática.
Como resposta, foram congeladas também as discussões para melhorar o comércio de automóveis, em regime de transição até 2006, quando os produtos do setor poderão circular livremente no Mercosul.
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