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21/09/2001 - 17h10

"Sexta negra" do câmbio tem seis intervenções e dólar a R$ 2,835

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IVONE PORTES
da Folha Online

O Banco Central vendeu hoje R$ 2,981 bilhões em papéis cambiais, em seis leilões consecutivos, mas não conseguiu saciar o apetite do mercado de câmbio. O dólar comercial fechou com alta de 2,64% e terminou com a cotação recorde de R$ 2,835.

Além das intervenções com títulos cambiais, o BC vendeu dólar à vista no mercado, mas o valor só será conhecido na quarta-feira. No pior momento do dia, chegou a R$ 2,840, com alta espetacular de 2,82%. Com o movimento de hoje, a moeda encerra a semana com alta acumulada de 5,4%. Na última sexta, o dólar fechou cotado a R$ 2,690 na venda.

A nova "sexta-feira negra" do câmbio no Brasil, como está sendo chamado o dia no mercado, começou com o temor de conflitos entre os EUA e o Teleban.

O ultimato do presidente dos EUA ao Teleban, que resiste às exigências norte-americanas, gerou pânico não só nos centros de negócios do Brasil como de todo o mundo.

Bovespa cai 1,17%
A Bolsa de Valores de São Paulo acompanhou a tensão no câmbio e a instabilidade nos EUA e fechou com queda de 1,17%, após cair mais de 6% no período da manhã.

A queda na Bolsa paulista só não foi maior devido à valorização dos papéis preferenciais da Telemar, carro-chefe do mercado junto com a Petrobras, que subiuu 4,28%. Já a preferencial da Petrobras caiu 1,28%.

Mercados internacionais
Na Bolsa de Valores de Nova York, o índice Dow Jones recuou 1,68% e o S&P-500 fechou em queda de 1,91%, somando 965 pontos. Esse é o pior patamar registrado pelo indicador desde 1957. O S&P-500 concentra 75% dos negócios na Bolsa de Nova York e o indicador onde estão listadas as 500 maiores companhias dos EUA.

A Bolsa eletrônica Nasdaq, que reúne as empresas de tecnologia, despencou 3,25%. As perdas foram puxadas principalmente pelas ações da Palm, que recuaram 17,2%. Os papéis da Intem, fabricante de semicondutores, também tiveram desvalorização e caíram 6,58%.

O presidente George W. Bush, em pronunciamento feito ontem, exigiu do Taleban a entrega imediata dos líderes do grupo de Bin Laden, a libertação de estrangeiros presos e o fechamento das bases terroristas no Afeganistão.

O Taleban afirmou hoje que não entregará o terrorista Bin Laden sem provas de seu envolvimento nos atentados, e que os muçulmanos têm a obrigação de responder com uma guerra santa a um eventual ataque.

Leia mais no especial sobre atentados nos EUA

Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
 

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