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21/09/2001
-
18h34
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
As companhias aéreas brasileiras ameaçam suspender a operação de todos os vôos a partir de terça-feira. A proibição está atrelada as mudanças feitas pelas seguradoras nos sinistros de guerra. As seguradoras vão reduzir de US$ 730 milhões para US$ 43,8 milhões a cobertura do seguro de guerra. Segundo as companhias aéreas, as novas cláusulas de cobertura e pagamento de prêmios de seguro de guerra terão de ser renegociadas com as seguradoras até a meia-noite de segunda-feira.
Segundo o presidente do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), George Ermakoff, as empresas ficam impedidas de voar sem essa renegociação. Para discutir medidas a serem tomadas pelo setor, a entidade convocou uma reunião para segunda-feira com os presidentes de todas as companhias aéreas brasileiras. O local e horário da reunião estão sendo mantidos sob sigilo. Mas especula-se que o encontro vai acontecer na sede de uma das companhias aéreas, em São Paulo (SP).
"Temos pressa para resolver logo esse assunto. A mudança nas regras dos seguros pode ameaçar a operação dos vôos", disse.
Segundo Ermakoff, a redução da cobertura do sinistro de guerra para US$ 43,7 milhões já foi comunicada ao presidente Fernando Henrique Cardoso e ao ministro Pedro Malan (Fazenda).
"Vários países, como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, já fizeram acordos se comprometendo a cobrir a diferença que ultrapassar os US$ 50 milhões junto às seguradoras. O Brasil não fez nada até agora."
Para voltar a voar, as empresas aéreas devem pedir para FHC a assinatura de compromisso semelhante ao fechado pelos governos de outros países, ou seja, cobrir a diferença de sinistros de guerra superiores a US$ 43,7 milhões. Sem esse compromisso, as companhias ameaçam manter os aviões em terra.
A reunião dos empresários brasileiros acontece menos de uma semana depois do encontro realizado entre as companhias norte-americanas e a Casa Branca, que discutiu um pacote para ajudar o setor a sair da crise a que foi lançado depois dos atentados terroristas da semana passada, nos Estados Unidos.
Depois de anunciar a demissão de mais de 100 mil funcionários em todo o mundo e a redução de 20% na frequência de vôos, os empresários norte-americanos conseguiram do governo a liberação de um pacote emergencial de US$ 15 bilhões -entre assistência direta e financiamento- para as companhias e a indústria do setor.
No Brasil, a crise internacional da aviação já começa a provocar desemprego. A Varig anunciou ontem a demissão de 1.750 funcionários, o que corresponde a 10% da força de trabalho da empresa. A empresa também vai devolver 13 aviões e suspender a o plano de oferta de novos vôos para os Estados Unidos.
Além da cobertura de sinistro de guerra, as empresas aéreas também devem pedir um compromisso de desoneração tributária.
"Precisamos desonerar o setor. É impossível manter a competitividade pagando 25% de ICMS sobre combustível", disse o vice-presidente da TAM, Rubel Thomas.
Acompanhe a situação dos aeroportos dos EUA
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Companhias brasileiras ameaçam suspender vôos a partir de 3ª feira
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As companhias aéreas brasileiras ameaçam suspender a operação de todos os vôos a partir de terça-feira. A proibição está atrelada as mudanças feitas pelas seguradoras nos sinistros de guerra. As seguradoras vão reduzir de US$ 730 milhões para US$ 43,8 milhões a cobertura do seguro de guerra. Segundo as companhias aéreas, as novas cláusulas de cobertura e pagamento de prêmios de seguro de guerra terão de ser renegociadas com as seguradoras até a meia-noite de segunda-feira.
Segundo o presidente do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), George Ermakoff, as empresas ficam impedidas de voar sem essa renegociação. Para discutir medidas a serem tomadas pelo setor, a entidade convocou uma reunião para segunda-feira com os presidentes de todas as companhias aéreas brasileiras. O local e horário da reunião estão sendo mantidos sob sigilo. Mas especula-se que o encontro vai acontecer na sede de uma das companhias aéreas, em São Paulo (SP).
"Temos pressa para resolver logo esse assunto. A mudança nas regras dos seguros pode ameaçar a operação dos vôos", disse.
Segundo Ermakoff, a redução da cobertura do sinistro de guerra para US$ 43,7 milhões já foi comunicada ao presidente Fernando Henrique Cardoso e ao ministro Pedro Malan (Fazenda).
"Vários países, como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, já fizeram acordos se comprometendo a cobrir a diferença que ultrapassar os US$ 50 milhões junto às seguradoras. O Brasil não fez nada até agora."
Para voltar a voar, as empresas aéreas devem pedir para FHC a assinatura de compromisso semelhante ao fechado pelos governos de outros países, ou seja, cobrir a diferença de sinistros de guerra superiores a US$ 43,7 milhões. Sem esse compromisso, as companhias ameaçam manter os aviões em terra.
A reunião dos empresários brasileiros acontece menos de uma semana depois do encontro realizado entre as companhias norte-americanas e a Casa Branca, que discutiu um pacote para ajudar o setor a sair da crise a que foi lançado depois dos atentados terroristas da semana passada, nos Estados Unidos.
Depois de anunciar a demissão de mais de 100 mil funcionários em todo o mundo e a redução de 20% na frequência de vôos, os empresários norte-americanos conseguiram do governo a liberação de um pacote emergencial de US$ 15 bilhões -entre assistência direta e financiamento- para as companhias e a indústria do setor.
No Brasil, a crise internacional da aviação já começa a provocar desemprego. A Varig anunciou ontem a demissão de 1.750 funcionários, o que corresponde a 10% da força de trabalho da empresa. A empresa também vai devolver 13 aviões e suspender a o plano de oferta de novos vôos para os Estados Unidos.
Além da cobertura de sinistro de guerra, as empresas aéreas também devem pedir um compromisso de desoneração tributária.
"Precisamos desonerar o setor. É impossível manter a competitividade pagando 25% de ICMS sobre combustível", disse o vice-presidente da TAM, Rubel Thomas.
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