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22/09/2001
-
09h22
ELIANE MENDONÇA
da Folha Vale
A empresa aérea Rio-Sul, da mesma holding da Varig, cancelou o contrato que previa a compra de 15 aeronaves ERJ-145 da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), no primeiro efeito da crise mundial no setor provocada pelos atentados terroristas nos EUA.
O contrato com a Rio-Sul é o maior da Embraer com empresas brasileiras.
Em entrevista à Folha, analistas econômicos já haviam previsto que a Embraer, maior exportadora do país, seria atingida pelo ataque. A surpresa foi o fato de o primeiro efeito ter vindo do Brasil e não dos EUA.
Com o cancelamento, a Embraer deixará de receber US$ 277,5 milhões -cada aeronave custa cerca de US$ 18,5 milhões. A Embraer já havia anunciado, no final do mês passado, que não conseguiria atingir a meta de entregar 200 aeronaves e aumentar a cadência de produção de 17 para 20 aviões por mês neste ano.
As empresas dos EUA são responsáveis por 69,38% das vendas dos contratos firmados, no caso de pedidos firmes, e 59,4% das opções de compra.
A Folha tentou falar com a Embraer ontem, mas, segundo assessores, não havia ninguém da diretoria que pudesse falar com a reportagem.
A Embraer divulgou uma nota em que afirma que, apesar do cenário de crise, as companhias aéreas continuam recebendo, normalmente, os jatos regionais, principal produto da empresa brasileira. Segundo a empresa, desde o último dia 12, dez aeronaves deixaram a Embraer -duas para empresas européias, uma para a Chautauqua Airlines, de Indiana (EUA), duas para a American Eagle, três para a Continental Express e outras duas para um cliente não revelado.
A nota é finalizada com uma declaração do diretor-presidente da empresa, Maurício Novis Botelho: "Estamos preocupados com os cenários econômico e político, mas até agora estamos trabalhando normalmente na Embraer, cumprindo nosso programa de entregas, ao mesmo tempo em que prosseguimos monitorando o cenário com os nossos clientes, no mundo todo, para avaliar melhor os impactos nas nossas operações futuras".
Ontem, a Varig anunciou um plano de emergência para se adequar ao novo cenário do transporte aéreo que previa a interrupção da operação de 13 aviões, que corresponde a cerca de 14% de sua frota, e também a redução em 8% da frota de jatos de grande porte.
Além disso, anunciou que irá cortar todos os investimentos previstos, exceto aqueles ligados a um plano mínimo de renovação e manutenção.
Rio-Sul cancela a compra de 15 aviões da Embraer
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da Folha Vale
A empresa aérea Rio-Sul, da mesma holding da Varig, cancelou o contrato que previa a compra de 15 aeronaves ERJ-145 da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), no primeiro efeito da crise mundial no setor provocada pelos atentados terroristas nos EUA.
O contrato com a Rio-Sul é o maior da Embraer com empresas brasileiras.
Em entrevista à Folha, analistas econômicos já haviam previsto que a Embraer, maior exportadora do país, seria atingida pelo ataque. A surpresa foi o fato de o primeiro efeito ter vindo do Brasil e não dos EUA.
Com o cancelamento, a Embraer deixará de receber US$ 277,5 milhões -cada aeronave custa cerca de US$ 18,5 milhões. A Embraer já havia anunciado, no final do mês passado, que não conseguiria atingir a meta de entregar 200 aeronaves e aumentar a cadência de produção de 17 para 20 aviões por mês neste ano.
As empresas dos EUA são responsáveis por 69,38% das vendas dos contratos firmados, no caso de pedidos firmes, e 59,4% das opções de compra.
A Folha tentou falar com a Embraer ontem, mas, segundo assessores, não havia ninguém da diretoria que pudesse falar com a reportagem.
A Embraer divulgou uma nota em que afirma que, apesar do cenário de crise, as companhias aéreas continuam recebendo, normalmente, os jatos regionais, principal produto da empresa brasileira. Segundo a empresa, desde o último dia 12, dez aeronaves deixaram a Embraer -duas para empresas européias, uma para a Chautauqua Airlines, de Indiana (EUA), duas para a American Eagle, três para a Continental Express e outras duas para um cliente não revelado.
A nota é finalizada com uma declaração do diretor-presidente da empresa, Maurício Novis Botelho: "Estamos preocupados com os cenários econômico e político, mas até agora estamos trabalhando normalmente na Embraer, cumprindo nosso programa de entregas, ao mesmo tempo em que prosseguimos monitorando o cenário com os nossos clientes, no mundo todo, para avaliar melhor os impactos nas nossas operações futuras".
Ontem, a Varig anunciou um plano de emergência para se adequar ao novo cenário do transporte aéreo que previa a interrupção da operação de 13 aviões, que corresponde a cerca de 14% de sua frota, e também a redução em 8% da frota de jatos de grande porte.
Além disso, anunciou que irá cortar todos os investimentos previstos, exceto aqueles ligados a um plano mínimo de renovação e manutenção.
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