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22/09/2001 - 09h53

"Petróleo pode cair se guerra for localizada"

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da Folha de S.Paulo, no Rio

O diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), David Zylbersztajn, disse ontem que se a retaliação americana aos ataques terroristas nos Estados Unidos não acirrar o conflito entre palestinos e Israel, ela não terá reflexos importantes no mercado internacional de petróleo.

Para Zylbersztajn, caso a retaliação dos Estados Unidos fique concentrada na região entre o Afeganistão e o Paquistão, o efeito do conflito, embora indesejado, pode até ser de queda no preço internacional do petróleo.

"Se o conflito não se generalizar, pode até ocorrer a baixa de preço (do petróleo) por causa da retração da demanda", afirmou. Zylbersztajn ressalvou que "ninguém deseja" que o preço do petróleo caia em consequência de uma guerra, mas citou a baixa do preço do querosene de aviação nos últimos dias, decorrente da redução do número de vôos.

O diretor da ANP afirmou não acreditar que a crise tenha reflexo significativo no abastecimento de combustíveis no Brasil. Segundo ele, o Ministério de Minas e Energia tem, há cerca de dois anos, um plano de contingência para momentos de escassez, mas ele não acredita que venha a ser necessário qualquer contingenciamento.

Em caso de problemas trazidos por um conflito maior, como a restrição à circulação de navios, os produtos mais problemáticos para o Brasil são o diesel, o GLP (gás de cozinha) e a nafta petroquímica, que o país importa.

Para Zylbersztajn, a hipótese de que o conflito possa trazer problema para o transporte marítimo, principalmente por causa de restrições de seguro (cláusula de invalidade para a circulação em área de guerra), "são expectativas levadas para o lado do pessimismo".

Ele disse que nas próximas semanas o governo vai colocar no ar uma campanha estimulando a economia de combustíveis, inspirada na economia de energia elétrica feita pela população.

Gasolina
O diretor da ANP não acredita que o preço da gasolina ao consumidor chegue a R$ 2 por litro no próximo dia 6 de outubro, quando será feita a próxima revisão trimestral dos preços dos derivados.

A revisão é feita com base em uma fórmula que tem como determinantes o preço internacional do petróleo e a variação do real em relação ao dólar norte-americano. Cálculos dos técnicos da ANP com base na aplicação da fórmula estavam em cerca de 4,5%. Zylbersztajn acredita que o reajuste não fique distante de 5%.

Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
 

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