Publicidade
Publicidade
23/09/2001
-
08h56
FABRICIO VIEIRA
da Folha de S.Paulo
Custou US$ 21 bilhões deixar a Bovespa aberta na semana dos atentados aos EUA. Esse foi o valor que as empresas listadas na Bolsa paulista perderam em apenas quatro dias.
A venda maciça de ações engoliu o valor de mercado das companhias. Na segunda-feira dia 10, um dia antes dos ataques terroristas, as 439 empresas listadas na Bovespa valiam US$ 158 bilhões. Na sexta, dia 14, esse número caiu para US$ 137 bilhões.
"A Bolsa não pode se preocupar se o mercado vai subir ou descer", afirma o presidente da Bovespa, Raymundo Magliano. "A Bolsa é um local que tem por função dar liquidez ao mercado. Se houver informações satisfatórias, temos a obrigação de abrir", completa o presidente da Bovespa.
Levantamento da Economática mostra que o setor de telecomunicações foi o mais prejudicado. As empresas do setor viram evaporar na semana do atentado mais de US$ 7 bilhões de seu valor.
Outro setor muito prejudicado foi o bancário. No período, as empresas do setor negociadas na Bolsa paulista perderam mais de US$ 4 bilhões. As perdas na Bovespa na semana do atentado foram recordes. Os mais de 18% de desvalorização fizeram a semana ser uma das três piores desde 90.
Para alguns analistas, se a Bovespa tivesse fechado ao menos no dia seguinte ao atentado, perdas poderiam ter sido evitadas. Já o diretor de investimentos do Dresdner Asset Management, Luiz Neves, diz que as perdas seriam inevitáveis, mesmo se a Bolsa não tivesse aberto.
"A pior coisa que há para o investidor é ter as condições normais de mercado alteradas", afirma Neves. A perda de valor das empresas que são negociadas na Bovespa vem ocorrendo de forma expressiva desde o início deste ano.
Em janeiro deste ano, o valor de mercado de todas empresas negociadas na Bolsa paulista era de US$ 251 bilhões.
O prejuízo ao manter a Bolsa paulista aberta na semana dos ataques foi sentido em todas as 57 ações que formam o principal índice, o Ibovespa: nenhuma delas conseguiu encerrar o período com valorização.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Bolsa fica aberta e paga caro
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Custou US$ 21 bilhões deixar a Bovespa aberta na semana dos atentados aos EUA. Esse foi o valor que as empresas listadas na Bolsa paulista perderam em apenas quatro dias.
A venda maciça de ações engoliu o valor de mercado das companhias. Na segunda-feira dia 10, um dia antes dos ataques terroristas, as 439 empresas listadas na Bovespa valiam US$ 158 bilhões. Na sexta, dia 14, esse número caiu para US$ 137 bilhões.
"A Bolsa não pode se preocupar se o mercado vai subir ou descer", afirma o presidente da Bovespa, Raymundo Magliano. "A Bolsa é um local que tem por função dar liquidez ao mercado. Se houver informações satisfatórias, temos a obrigação de abrir", completa o presidente da Bovespa.
Levantamento da Economática mostra que o setor de telecomunicações foi o mais prejudicado. As empresas do setor viram evaporar na semana do atentado mais de US$ 7 bilhões de seu valor.
Outro setor muito prejudicado foi o bancário. No período, as empresas do setor negociadas na Bolsa paulista perderam mais de US$ 4 bilhões. As perdas na Bovespa na semana do atentado foram recordes. Os mais de 18% de desvalorização fizeram a semana ser uma das três piores desde 90.
Para alguns analistas, se a Bovespa tivesse fechado ao menos no dia seguinte ao atentado, perdas poderiam ter sido evitadas. Já o diretor de investimentos do Dresdner Asset Management, Luiz Neves, diz que as perdas seriam inevitáveis, mesmo se a Bolsa não tivesse aberto.
"A pior coisa que há para o investidor é ter as condições normais de mercado alteradas", afirma Neves. A perda de valor das empresas que são negociadas na Bovespa vem ocorrendo de forma expressiva desde o início deste ano.
Em janeiro deste ano, o valor de mercado de todas empresas negociadas na Bolsa paulista era de US$ 251 bilhões.
O prejuízo ao manter a Bolsa paulista aberta na semana dos ataques foi sentido em todas as 57 ações que formam o principal índice, o Ibovespa: nenhuma delas conseguiu encerrar o período com valorização.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice