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23/09/2001 - 09h06

Após atentado, negócio com ouro aquece

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da Folha de S.Paulo

Os ataques terroristas ao território norte-americano no último dia 11 aqueceram os negócios com ouro no mercado doméstico.

Desde aquela data, o volume médio de contratos atrelados ao ouro negociado diariamente na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) saltou para R$ 1,2 milhão. No mês passado, o volume diário negociado não alcançou os R$ 200 mil.

A forte procura levou os preços do ouro no mercado futuro para os maiores níveis desde o início do Real em 94.

No pregão da última sexta-feira, o metal encerrou os negócios vendido a R$ 26,40.
Quem apostou no ouro no fim de 2000 viu seu investimento crescer 48,3%. Essa é a alta do ouro no ano. Somente neste mês, foram 20,8% os ganhos.

"Acredito que essa migração para o ouro é apenas de curto prazo, passageira", afirma o economista do banco Inter American Express, Gustavo Moraes.

O economista diz que "em momentos de grandes indefinições, como o atual, é normal acontecer" esse tipo de movimento. "Principalmente quando há ações militares envolvidas.

"Mas, apesar desse salto superior a 500% entre a média dos últimos dias e a do mês passado, o volume ainda é bastante inexpressivo frente ao que representavam os negócios com ouro no início da década de 90.

Em 1992, os negócios diários com ouro na BM&F chegaram a superar os US$ 110 milhões. O declínio dos negócios com ouro no Brasil se acentuaram a partir de 93, com os volumes despencando ano a ano.

Fuga
No dia 11, quando ocorreram os atentados terroristas nos EUA, a fuga para o ouro foi sentida em diferentes lugares. No mercado londrino, por exemplo, o aumento da procura pelo ouro naquele dia fez o preço do metal subir mais de 7%, com a onça troy (31,104 gramas) negociada a US$ 291.

No Brasil, o dia 12 foi o de maior movimentação, quando os contratos de ouro negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros chegaram a superar os R$ 3,3 milhões.

A procura pelo ouro nos últimos dias fez sua valorização acumulada no ano superar a do dólar, que está em 45,3%. Mas analistas afirmam ser pouco provável que o ouro volte a ser um segmento forte dentro do mercado financeiro doméstico.

O preço do ouro não tinha forte alta desde setembro de 99, quando a decisão de vários bancos centrais de deixarem de vender seus estoques animou os negócios.

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