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24/09/2001
-
11h18
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
Sinais de que o governo não deixará o dólar explodir, emitidos neste final de semana, estão servindo para reduzir a corrida à moeda norte-americana nesta segunda-feira.
Após bater o recorde do Plano Real por quatro vezes consecutivas na semana passada, o dólar comercial registra baixa nesta manhã. A tendência é de que as cotações recuem.
Na última sexta-feira, após o fechamento do mercado, o Banco Central deu o primeiro recado: ressuscitou o recolhimento compulsório dos depósitos a prazo. Em outras palavras: tirou R$ 10 bi de circulação - algo como reduzir a munição dos inimigos, considerados "especuladores".
O governo tratou logo de marcar uma reunião para hoje da equipe econômica com o presidente Fernando Henrique Cardoso e deu a entender de que pode adotar medidas mais drásticas para conter o câmbio.
A reunião ocorre no final da tarde de hoje. Há quem diga que o horário é estratégico. Se o mercado não baixar naturalmente o dólar ao longo do dia, o governo poderá engrossar o tom da conversa, isto é, tomar as rédeas com mais afinco da trajetória da moeda norte-americana.
FHC quer evitar a propagação de notícias como a que foi publicada hoje pelo "Financial Times", que traz frases que incluem duas palavras irritantes para a equipe econômica: Brasil e moratória.
Hoje o jornal inglês informou que cresce o temor de que o país não conseguirá honrar seus compromissos externos devido à alta do dólar.
FHC põe dólar na agenda, mercado entende recado e dólar cai
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da Folha Online
Sinais de que o governo não deixará o dólar explodir, emitidos neste final de semana, estão servindo para reduzir a corrida à moeda norte-americana nesta segunda-feira.
Após bater o recorde do Plano Real por quatro vezes consecutivas na semana passada, o dólar comercial registra baixa nesta manhã. A tendência é de que as cotações recuem.
Na última sexta-feira, após o fechamento do mercado, o Banco Central deu o primeiro recado: ressuscitou o recolhimento compulsório dos depósitos a prazo. Em outras palavras: tirou R$ 10 bi de circulação - algo como reduzir a munição dos inimigos, considerados "especuladores".
O governo tratou logo de marcar uma reunião para hoje da equipe econômica com o presidente Fernando Henrique Cardoso e deu a entender de que pode adotar medidas mais drásticas para conter o câmbio.
A reunião ocorre no final da tarde de hoje. Há quem diga que o horário é estratégico. Se o mercado não baixar naturalmente o dólar ao longo do dia, o governo poderá engrossar o tom da conversa, isto é, tomar as rédeas com mais afinco da trajetória da moeda norte-americana.
FHC quer evitar a propagação de notícias como a que foi publicada hoje pelo "Financial Times", que traz frases que incluem duas palavras irritantes para a equipe econômica: Brasil e moratória.
Hoje o jornal inglês informou que cresce o temor de que o país não conseguirá honrar seus compromissos externos devido à alta do dólar.
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