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24/09/2001 - 20h15

Governo nega reunião para tratar do dólar e discute exportação

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

A área econômica do governo se reuniu hoje com o presidente Fernando Henrique Cardoso para discutir como aumentar as exportações brasileiras em meio à queda da atividade econômica mundial e as consequências da alta do dólar sobre a economia.

Logo no início do dia, as assessorias dos ministros que participariam da reunião e o Palácio do Planalto informaram que o encontro havia sido solicitado pelo ministro Sérgio Amaral (Desenvolvimento), tentado tirar o foco da questão cambial. Amaral faria um balanço sobre os primeiros 30 dias de sua gestão, segundo informou o porta-voz da Presidência da República, Georges Lamazière.

A Folha apurou, porém, que a reunião foi marcada na última sexta-feira, após o dólar ter atingido o nível recorde de R$ 2,83 no Plano Real. O próprio Amaral teve de cancelar um compromisso para participar. Já o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, antecipou seu retorno a Brasília em um dia para o encontro.

No Ministério da Fazenda, a hipótese de controle de saída de dólares levantada pelo mercado financeiro foi rechaçada. Malan a classificou de "descabida". A Folha apurou que, segundo avaliação da equipe econômica, o controle só seria aceito pela comunidade internacional em uma situação extrema como, por exemplo, um conflito militar que impedisse o funcionamento dos mercados.

Ou seja, ou o Brasil está no mercado ou não está. O controle do fluxo financeiro seria uma forma de sair do mercado na opinião dos técnicos do governo.

Na avaliação da área econômica, o melhor instrumento do Banco Central para conter a alta do dólar é justamente o que está sendo usado agora, a venda de títulos indexados ao câmbio. Além de oferecer proteção às empresas, os títulos retiram reais do mercado, tornando mais difícil a compra de dólares. Esse aliás foi o objetivo da medida tomada na sexta-feira pelo BC, que aumentou os depósitos obrigatórios que os bancos têm de fazer junto à instituição.

Na reunião com FHC, Fraga e Malan lembraram que a alta do dólar favorece as exportações brasileiras.



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