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25/09/2001 - 07h44

Confiança do consumidor nos EUA sai hoje e indicará tendências

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FERNANDO RODRIGUES
da Folha de S.Paulo, em Nova York

Pela primeira vez em cinco meses foi registrada uma queda num dos principais índices que medem a atividade econômica nos Estados Unidos. O conhecido "leading indicators" (índices ou indicadores principais) teve uma redução de 0,3% no mês de agosto, segundo anunciou ontem o Conference Board, organização privada com sede em Nova York responsável pelo cálculo.

Trata-se ainda de um indicador que não captou os efeitos dos atentados terroristas do dia 11. Mas a queda anunciada ficou acima do que era esperado por especialistas. Em julho, o "leading indicators" tinha apresentado uma alta de 0,2%. De fevereiro a agosto, o índice teve um desempenho positivo acumulado de 0,6%.

O "leading indicators" é muito usado por empresas na preparação de planos futuros de investimento. A base do índice é o ano de 1996, para o qual foi atribuído o valor de 100. Hoje, está em 109,6%.

Ao divulgar o índice ontem de manhã, o Conference Board disse que sete dos dez indicadores que compõem o "leading indicators" apresentaram resultado negativo em agosto: média semanal de horas da indústria de manufaturados, índice de expectativa dos consumidores, preços de ações, desempenho de vendas, "spread" (risco) da taxa de juros, média semanal de pedidos de seguro-desemprego e permissões para construção civil.

Entre os outros três itens que fazem parte do "leading indicators", apenas o da emissão de moeda ficou positivo em agosto. Outros dois índices ficaram estáveis: novas encomendas de bens de consumo e novas ordens de bens de capital.

Hoje, o Conference Board anuncia o seu mais esperado indicador desde os atentados do dia 11: o índice de confiança do consumidor. O consumo nos EUA responde por mais de dois terços do PIB.

O índice de confiança do consumidor inclui informação coletada depois dos ataques terroristas. É uma ampla pesquisa em cerca de 5.000 domicílios de todo o país.

Na sexta-feira, o Conference Board já havia divulgado uma pesquisa mais restrita, com 750 domicílios de consumidores. O resultado foi que 47% disseram que os eventos do dia 11 podem dar início a uma recessão. Mas a notícia menos ruim foi que 90% dos entrevistados disseram que não pretendiam mudar seus hábitos de consumo por causa dos ataques terroristas.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, lamentou ontem as demissões anunciadas por empresas norte-americanas desde os ataques terroristas, há duas semanas. Mas, segundo ele, os fundamentos econômicos do país são sólidos, e a recuperação virá em breve.

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