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25/09/2001 - 08h05

FHC dá poder para Amaral 'se aproveitar' do dólar caro

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da Folha de S.Paulo

O presidente FHC resolveu ontem dar mais poderes ao ministro Sergio Amaral (Desenvolvimento) para que ele ofereça aos exportadores condições de "tirar proveito" da alta do dólar. Para isso, o governo deverá buscar mecanismos para elevar os recursos do Proex (programa de incentivo às exportações).

A decisão foi adotada durante reunião de emergência convocada por FHC na última sexta-feira. Um dos temas do encontro foi a alta do dólar nas últimas semanas. Segundo um dos participantes, não foi discutida nenhuma medida para tentar segurar a cotação.

Havia a expectativa no mercado, no final de semana, de que pudessem ser discutidas hoje medidas para conter a disparada no dólar, que na última sexta chegou a R$ 2,83. A queda na cotação da moeda americana, que ontem fechou a R$ 2,72, acabou deixando de lado esse tipo de discussão.

Ainda pela manhã, o ministro Pedro Malan (Fazenda) informou, por meio de sua assessoria, considerar "descabida" a hipótese de controle de saída de dólares, uma das medidas cogitadas pelo mercado financeiro como em discussão no governo.

Após a reunião, Amaral disse que FHC propôs a criação de uma Comissão Executiva de Comércio Exterior, a ser presidida pelo ministro do Desenvolvimento.

Segundo ele, a comissão deverá ter mais poderes do que a atual Camex (Câmara de Comércio Exterior). A Folha de S.Paulo apurou, porém, que a definição de elevar ou reduzir tributos de comércio exterior continua com Malan.

Amaral disse que a nova comissão terá como um de seus objetivos desburocratizar as linha de financiamento em vigor, a redução de custos considerados desproporcionais aos serviços prestados aos exportadores e mudanças na área de logística.

"O aumento das exportações é um sinal positivo para os mercados de que o Brasil precisará cada vez menos de recursos externos para o seu financiamento", disse.

Apesar de não ter sido discutidas propostas para conter o dólar, segundo dois dos participantes da reunião, a Folha de S.Paulo apurou que o BC ainda poderá adotar medidas para tentar evitar os efeitos da alta do dólar sobre a inflação.

Na última sexta-feira, o Banco Central decidiu retirar do mercado R$ 10 bilhões por meio do aumento do recolhimento compulsório que os bancos fazem semanalmente à instituição. Com isso, reduziu o volume de recursos que os bancos poderiam usar para comprar dólares.

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