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25/09/2001 - 08h26

Nº 2 do FMI sugere subir os juros para frear dólar caro

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da Folha de S.Paulo

A economista norte-americana Anne Krueger, vice-diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), sugeriu ontem que o Brasil deveria elevar a taxa de juros para combater a disparada do dólar. Ela disse ainda que a América Latina deverá sofrer com maior intensidade o impacto dos atentados, mas não espera que haja uma recessão global.

Anne, professora da Universidade Stanford e recém-nomeada, concedeu ontem sua primeira entrevista como vice-diretora-gerente, o segundo posto mais importante na hierarquia da instituição. Ela assumiu o cargo no começo do mês, em substituição a Stanley Fischer.

Tida como conservadora e alinhada aos republicanos, Anne ocupou a vice-direção do Banco Mundial durante o governo Ronald Reagan, na primeira metade da década de 80. Ela também foi conselheira de George Bush, pai do atual presidente dos Estados Unidos.

Anne afirmou que a América Latina já havia sido atingida pelo desaquecimento nos Estados Unidos, e o choque dos atentados do dia 11 poderá ser sentido com mais intensidade na região. "O aumento das incertezas deve ser maior lá [na América Latina]", afirmou Anne.

Sobre o Brasil, ela disse que as autoridades não deveriam descartar a possibilidade de um novo aumento nos juros. "Eles já apertaram a liquidez e talvez precisem ajustar um pouco mais." Ela afirmou estar "monitorando a situação" e pediu que o país não abandone sua política de reformas.

Como vice-diretora-gerente, a economista será a responsável por acompanhar mais de perto a situação dos países em apuros financeiros, como Brasil, Argentina e Turquia.

Ela crê que os atentados terroristas terão efeito limitado a médio prazo. Anne afirmou ainda que não espera uma recessão para este nem para o próximo ano.

"O FMI define recessão global como o crescimento do PIB mundial inferior a 2,5%", disse. "Não acreditamos que vá haver recessão, porque achamos que a taxa de crescimento será maior do que aquela", disse. "Mas há mais incertezas hoje."

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