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25/09/2001 - 10h57

Governo assume risco para aéreas

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JULIANNA SOFIA
JOSÉLIA AGUIAR
da Folha de S.Paulo

Afetadas pela crise que atinge o setor em todo o mundo -e que se agravou após o ataque aos EUA -, as companhias aéreas brasileiras conseguiram que o governo atenda a sua primeira reivindicação: o país deverá complementar o risco das empresas no caso de acidente provocado por atentado terrorista ou por guerra que cause danos em terra superiores a US$ 50 milhões.

Os detalhes da medida em benefício das empresas de aviação do país foram discutidos ontem Brasília pela equipe econômica.

Segundo a assessoria do Planalto, a medida estará publicada na edição de hoje do "DO" da União.

Às 20h de ontem, começava a valer o novo teto de US$ 50 milhões estabelecido pelas seguradoras de todo o mundo para o caso de perdas provocadas no solo por ataques terroristas ou guerra. O novo limite foi imposto pelas seguradoras após o atentado ao World Trade Center e ao Pentágono, nos EUA. Cálculos preliminares indicam que as companhias de seguros e resseguros terão de assumir perdas de cerca de US$ 30 bilhões. Antes disso, não havia esse teto. Companhias como a Varig possuíam cobertura para até US$ 1,5 bilhão.

Presidentes e diretores das companhias aéreas brasileiras -entre as quais Varig, Vasp, TAM, Transbrasil e até novatas, como a Gol- se reuniram ontem para discutir esse tema e outros relacionados à segurança dos vôos no escritório da Varig, em São Paulo.

As companhias ameaçavam interromper os vôos se não houvesse resposta positiva do governo. No final da reunião, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, George Ermawkoff, disse que as companhias tinham a informação de que o governo iria atendê-las. "Não vamos mais parar por causa disso", afirmou o presidente da Varig, Ozires Silva. O presidente da Vasp, Wagner Canhedo, lembrou que o pedido era justo e que vários governos já haviam assumido o risco complementar das empresas aéreas de seus países.

Representantes das companhias aéreas disseram que ainda não têm estimativas sobre o aumento dos custos em razão das novas medidas de segurança internacionais. "Não sabemos qual será o impacto dessas medidas. A depender do tamanho, haverá repasse para as tarifas", explicou o presidente da Varig.
 

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