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26/09/2001
-
08h22
SÍLVIA MUGNATTO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O governo estuda aumentar a taxa de embarque nos aeroportos caso o mercado de seguros não se estabilize nem volte atrás na decisão de limitar a US$ 150 milhões a cobertura de terceiros em acidentes aéreos decorrentes de ataques terroristas e guerra.
Ontem, foi publicada no "Diário Oficial" da União a medida provisória em que o governo garante complementar a cobertura desse tipo de acidente até o limite de US$ 1 bilhão. O dinheiro viria diretamente do Tesouro.
O teto de US$ 1 bilhão vale para o conjunto das empresas aéreas brasileiras. Ou seja, caso apenas um evento exija pagamento do seguro nesse valor, o governo precisará adotar outra medida.
A garantia de cobertura dada pelo governo vale por apenas 30 dias. "Fomos pegos de surpresa. Se o governo não fizesse isso, as empresas parariam de voar a partir das 8h (horário de Brasília) de segunda-feira", afirmou o secretário de Acompanhamento Econômico, Claudio Considera.
"É tradição no mundo todo. Riscos extraordinários e catástrofes não são assumidos pelo mercado segurador", acrescentou o secretário de Organização Institucional do Ministério da Defesa, José Augusto Varanda.
Considera adiantou que, ao longo dos 30 dias, o mercado de seguros será monitorado atentamente e medidas serão estudadas. Se a situação não voltar à normalidade, o governo poderá colocá-las em prática.
Considera negou o aumento da taxa de embarque. A Folha de S.Paulo apurou, no entanto, que a arrecadação extra poderia ir para um fundo a ser criado pelo governo.
De acordo com a MP, as empresas aéreas terão prazo de 30 dias para apresentar ao Ministério da Defesa um programa de segurança de vôo. O ministério ainda será responsável por atestar que o acidente foi consequência de ato terrorista ou de guerra.
O secretário de Acompanhamento Econômico disse ainda que não tem conhecimento de pedidos de ajuda financeira feitos pelas empresas aéreas ao governo devido à crise que atravessam.
"Não houve pedido e não há decisão no sentido de ajudar. Elas têm um problema de redução de demanda, mas o setor de eletrodomésticos também reduziu suas vendas. O de turismo, também", comparou Considera.
Acompanhe a situação dos aeroportos dos EUA
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Taxa de embarque em aeroportos poderá subir
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O governo estuda aumentar a taxa de embarque nos aeroportos caso o mercado de seguros não se estabilize nem volte atrás na decisão de limitar a US$ 150 milhões a cobertura de terceiros em acidentes aéreos decorrentes de ataques terroristas e guerra.
Ontem, foi publicada no "Diário Oficial" da União a medida provisória em que o governo garante complementar a cobertura desse tipo de acidente até o limite de US$ 1 bilhão. O dinheiro viria diretamente do Tesouro.
O teto de US$ 1 bilhão vale para o conjunto das empresas aéreas brasileiras. Ou seja, caso apenas um evento exija pagamento do seguro nesse valor, o governo precisará adotar outra medida.
A garantia de cobertura dada pelo governo vale por apenas 30 dias. "Fomos pegos de surpresa. Se o governo não fizesse isso, as empresas parariam de voar a partir das 8h (horário de Brasília) de segunda-feira", afirmou o secretário de Acompanhamento Econômico, Claudio Considera.
"É tradição no mundo todo. Riscos extraordinários e catástrofes não são assumidos pelo mercado segurador", acrescentou o secretário de Organização Institucional do Ministério da Defesa, José Augusto Varanda.
Considera adiantou que, ao longo dos 30 dias, o mercado de seguros será monitorado atentamente e medidas serão estudadas. Se a situação não voltar à normalidade, o governo poderá colocá-las em prática.
Considera negou o aumento da taxa de embarque. A Folha de S.Paulo apurou, no entanto, que a arrecadação extra poderia ir para um fundo a ser criado pelo governo.
De acordo com a MP, as empresas aéreas terão prazo de 30 dias para apresentar ao Ministério da Defesa um programa de segurança de vôo. O ministério ainda será responsável por atestar que o acidente foi consequência de ato terrorista ou de guerra.
O secretário de Acompanhamento Econômico disse ainda que não tem conhecimento de pedidos de ajuda financeira feitos pelas empresas aéreas ao governo devido à crise que atravessam.
"Não houve pedido e não há decisão no sentido de ajudar. Elas têm um problema de redução de demanda, mas o setor de eletrodomésticos também reduziu suas vendas. O de turismo, também", comparou Considera.
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