Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/09/2001 - 17h44

Wall Street volta a fechar com perdas com medo de recessão

Publicidade

ELAINE COTTA
da Folha Online

Os principais indicadores do mercado acionário norte-americano voltaram a fechar em queda hoje depois de terem mostrado recuperação por dois dias consecutivos.

Os anúncios de corte nas perspectivas de lucro das empresas, entre elas IBM e Intel, puxaram para baixo o setor de tecnologia. As corretoras afirmam que as companhias dos EUA irão sentir fortemente os impactos dos atentados terroristas do último dia 11.

Além disso, os investidores continuam apreensivos com a possibilidade de ampliação do desaquecimento da economia se houver uma resposta militar dos EUA como forma de retaliação aos atentados.

Na Bolsa de Valores de Nova York, o índice Dow Jones fechou em queda de 1,07%, somando 8.567,39 pontos, seguido pelo S&P-500 que teve desvalorização de 0,52%, para 1.007,04 pontos. As ações da IBM caíram 3,25% e as da Intel recuaram 3,25%.

A Bolsa eletrônica Nasdaq, que reúne as principais empresas de tecnologia, despencou 2,5%, somando 1.464,04 pontos. A Intel, que puxou as perdas do indicador, teve declínio de 3,25%. Também recuaram os papéis da Dell Computer (-5,22%), JDS Uniphase (-4,31%), Sun Microsystems (-4,6%), Cisco Systems (-3,73%) e Oracle, com queda de 0,57%.

Delta demite 13 mil

Entre outras notícias negativas que influenciaram a atmosfera do pregão de hoje está a confirmação de que a Delta Airlines -terceira maior companhia aérea dos EUA- irá demitir 13 mil funcionários para repor as perdas registradas após os atentados terroristas.

Queda nos lucros

No setor financeiro, a Bear Stearns anunciou que o lucro do terceiro trimestre fiscal somou US$ 134,6 milhões ou US$ 0,95 por ação, valor 27% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior.

O banco de investimentos Goldman Sachs também teve queda no faturamento do terceiro trimestre. A queda foi de 10%, totalizando US$ 7,4 bilhões. No mesmo trimestre de 2000, o faturamento havia sido de US$ 8,2 bilhões.

Alerta do FMI

Além das notícias corporativas, o mercado também ficou atento ao anúncio feito hoje pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que revisou para baixo as estimativas de crescimento da economia dos EUA deste ano.

O Fundo acredita que o PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano vai crescer 1,3% em 2001 contra a previsão anterior de 1,5%.

Standard & Poor's

A agência internacional de classificação de risco S&P disse hoje que os recentes ataques terroristas nos EUA vão acelerar as chances do país entrar em recessão. No entanto, afirma a agência, a recuperação se daria já no próximo ano, a partir do segundo trimestre.

A S&P disse ainda que o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) deve reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, para 2,75% ao ano, na reunião do próximo dia 2 de outubro.

Desde o começo do ano o Fed já cortou a taxa oito vezes, dos 6,5% ao ano registrados em 2000 para os atuais 3%. O último corte foi no dia 17 de setembro, data da reabertura das Bolsas de Nova York depois dos atentados.

Leia mais no especial sobre atentados nos EUA

Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página