Publicidade
Publicidade
27/09/2001
-
10h31
GABRIELLA ESPER
da Folha Online
O dólar comercial começou a quinta-feira em baixa firme, superior a 1%, reflexo do minipacote baixado ontem à noite pelo Banco Central para segurar a moeda norte-americana.
Porém, logo após as primeiras operações do dia, encontra resistência nas negociações para cair abaixo de R$ 2,70.
Às 10h25, o dólar caía 0,58%, para R$ 2,716 para compra e a R$ 2,719 para venda.
As medidas de ontem do BC visam conter nova disparada da moeda. A partir de segunda-feira, os bancos terão menos recursos para comprar dólares. As regras para o recolhimento compulsório sobre os depósitos à vista ficaram mais rígidas e o mercado financeiro terá de recolher R$ 4 bilhões hoje disponíveis para transações.
Desde segunda-feira, já estava em vigor o recolhimento compulsório de 10% sobre os depósitos a prazo, com redução de R$ 10 bilhões na liquidez do mercado.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, persiste a tendência de queda das ações. Há pouco, o Ibovespa caía 0,71%, descendo mais ainda dos 9.000 pontos, para 9.933.
Veja o que o BC já fez para conter a alta do dólar depois dos atentados terroristas aos Estados Unidos
Papéis cambiais
Foram vendidos R$ 9,35 bilhões em títulos públicos corrigidos pelo dólar.
O objetivo era fazer com que os bancos comprassem os papéis em vez de comprar dólares em papel moeda, o que contribuiria para conter a alta das cotações.
Intervenções
O BC vendeu, entre 11 e 20 de setembro, US$ 670 milhões em papel moeda.
Entre os dias 11 e 13 de setembro, a instituição chegou a abandonar sua política de vender US$ 50 milhões por dia.
Nesses três dias, foram colocados US$ 370 milhões no mercado.
Compulsório sobre depósitos a prazo
Na sexta-feira passada, o compulsório sobre depósitos a prazo subiu de zero para 10%. Isso quer dizer que, de cada R$ 100 captados pelos bancos, R$ 10 devem ser recolhidos junto ao BC.
A medida retirou R$ 10 bilhões do mercado, reduzindo os recursos disponíveis para as instituições operarem no mercado de câmbio.
Compulsório sobre depósito à vista
Ontem, o BC mudou as regras para o recolhimento de compulsório sobre depósitos em conta corrente.
As mudanças vão retirar R$ 4 bilhões do mercado, o que reduz o volume de dinheiro que os bancos têm para atuar no mercado de câmbio.
Limites para compra de dólares
Os bancos têm de respeitar um teto, proporcional a seu capital, para o total de aplicações em dólar. Na prática, o Conselho Monetário Nacional rebaixou esse teto.
Como é improvável que os bancos aumentem seu capital _para manter o mesmo volume de aplicação em dólar que têm hoje_, a oferta de dólares no mercado deve aumentar nos próximos dias.
Fonte: mercado
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Veja a cotação do dólar durante o dia
Dólar tem baixa reduzida para 0,58% e Bovespa cai 0,71%
Publicidade
da Folha Online
O dólar comercial começou a quinta-feira em baixa firme, superior a 1%, reflexo do minipacote baixado ontem à noite pelo Banco Central para segurar a moeda norte-americana.
Porém, logo após as primeiras operações do dia, encontra resistência nas negociações para cair abaixo de R$ 2,70.
Às 10h25, o dólar caía 0,58%, para R$ 2,716 para compra e a R$ 2,719 para venda.
As medidas de ontem do BC visam conter nova disparada da moeda. A partir de segunda-feira, os bancos terão menos recursos para comprar dólares. As regras para o recolhimento compulsório sobre os depósitos à vista ficaram mais rígidas e o mercado financeiro terá de recolher R$ 4 bilhões hoje disponíveis para transações.
Desde segunda-feira, já estava em vigor o recolhimento compulsório de 10% sobre os depósitos a prazo, com redução de R$ 10 bilhões na liquidez do mercado.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, persiste a tendência de queda das ações. Há pouco, o Ibovespa caía 0,71%, descendo mais ainda dos 9.000 pontos, para 9.933.
Veja o que o BC já fez para conter a alta do dólar depois dos atentados terroristas aos Estados Unidos
Papéis cambiais
Foram vendidos R$ 9,35 bilhões em títulos públicos corrigidos pelo dólar.
O objetivo era fazer com que os bancos comprassem os papéis em vez de comprar dólares em papel moeda, o que contribuiria para conter a alta das cotações.
Intervenções
O BC vendeu, entre 11 e 20 de setembro, US$ 670 milhões em papel moeda.
Entre os dias 11 e 13 de setembro, a instituição chegou a abandonar sua política de vender US$ 50 milhões por dia.
Nesses três dias, foram colocados US$ 370 milhões no mercado.
Compulsório sobre depósitos a prazo
Na sexta-feira passada, o compulsório sobre depósitos a prazo subiu de zero para 10%. Isso quer dizer que, de cada R$ 100 captados pelos bancos, R$ 10 devem ser recolhidos junto ao BC.
A medida retirou R$ 10 bilhões do mercado, reduzindo os recursos disponíveis para as instituições operarem no mercado de câmbio.
Compulsório sobre depósito à vista
Ontem, o BC mudou as regras para o recolhimento de compulsório sobre depósitos em conta corrente.
As mudanças vão retirar R$ 4 bilhões do mercado, o que reduz o volume de dinheiro que os bancos têm para atuar no mercado de câmbio.
Limites para compra de dólares
Os bancos têm de respeitar um teto, proporcional a seu capital, para o total de aplicações em dólar. Na prática, o Conselho Monetário Nacional rebaixou esse teto.
Como é improvável que os bancos aumentem seu capital _para manter o mesmo volume de aplicação em dólar que têm hoje_, a oferta de dólares no mercado deve aumentar nos próximos dias.
Fonte: mercado
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Veja a cotação do dólar durante o dia
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice