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27/09/2001
-
11h28
da France Presse, em Viena
A Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) manterá seus níveis de produção atuais, a menos que ocorra "uma mudança dramática no nível de preços", afirmou hoje, em Viena (Áustria), o secretário-geral da organização, o venezuelano Alí Rodríguez.
A próxima reunião oficial será no dia 14 de novembro, mas a Opep, no entanto, pode adotar qualquer tipo de medida em relação a sua produção antes dessa data, enfatizou Rodríguez à imprensa.
A Opep decidiu não alterar a produção de petróleo por causa da queda na demanda mundial pelo produto. Os ministros dos dez países-membros decidiram que não é o momento de tentar alguma medida para manter a "banda" de preços criada pelo cartel.
A Opep mantém há dois anos uma política de preços altos, que segurava o valor do barril de petróleo na faixa entre US$ 22 e US$ 28. Com os ataques terroristas de duas semanas atrás nos EUA e o agravamento da crise econômica mundial, o cartel não conseguiu evitar que o preço do barril despencasse para abaixo do mínimo que havia estipulado.
Antes do encontro, o ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, afirmou que a Opep não iria tomar medidas precipitadas. "Não tomaremos medidas drásticas. Precisamos nos manter quietos e ver o que acontece por um tempo", disse ele. Depois de uma curta reunião, os ministros dos dez países-membros decidiram não alterar o nível de produção, que hoje é de 23,2 milhões de barris por dia.
"Não há razão para pânico", disse Bijan Zanganeh, ministro do petróleo do Irã. "Acredito que a situação atual não é por causa dos fundamentos do mercado", disse.
Os ataques terroristas deixaram a Opep em uma situação delicada. Apesar de o preço do barril estar fora da "banda" de variação do cartel, é impossível cortar a produção para elevar a cotação, pois isso seria muito mal recebido pela comunidade internacional.
A esperança do cartel é que em sua próxima reunião, marcada para novembro, seja possível voltar a adotar medidas para controlar o preço do petróleo.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Opep mantém cotas de produção de petróleo
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A Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) manterá seus níveis de produção atuais, a menos que ocorra "uma mudança dramática no nível de preços", afirmou hoje, em Viena (Áustria), o secretário-geral da organização, o venezuelano Alí Rodríguez.
A próxima reunião oficial será no dia 14 de novembro, mas a Opep, no entanto, pode adotar qualquer tipo de medida em relação a sua produção antes dessa data, enfatizou Rodríguez à imprensa.
A Opep decidiu não alterar a produção de petróleo por causa da queda na demanda mundial pelo produto. Os ministros dos dez países-membros decidiram que não é o momento de tentar alguma medida para manter a "banda" de preços criada pelo cartel.
A Opep mantém há dois anos uma política de preços altos, que segurava o valor do barril de petróleo na faixa entre US$ 22 e US$ 28. Com os ataques terroristas de duas semanas atrás nos EUA e o agravamento da crise econômica mundial, o cartel não conseguiu evitar que o preço do barril despencasse para abaixo do mínimo que havia estipulado.
Antes do encontro, o ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, afirmou que a Opep não iria tomar medidas precipitadas. "Não tomaremos medidas drásticas. Precisamos nos manter quietos e ver o que acontece por um tempo", disse ele. Depois de uma curta reunião, os ministros dos dez países-membros decidiram não alterar o nível de produção, que hoje é de 23,2 milhões de barris por dia.
"Não há razão para pânico", disse Bijan Zanganeh, ministro do petróleo do Irã. "Acredito que a situação atual não é por causa dos fundamentos do mercado", disse.
Os ataques terroristas deixaram a Opep em uma situação delicada. Apesar de o preço do barril estar fora da "banda" de variação do cartel, é impossível cortar a produção para elevar a cotação, pois isso seria muito mal recebido pela comunidade internacional.
A esperança do cartel é que em sua próxima reunião, marcada para novembro, seja possível voltar a adotar medidas para controlar o preço do petróleo.
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