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27/09/2001
-
16h04
da France Presse
A crise no setor aéreo provocada pelos atentados terroristas nos EUA no dia 11 se traduziu até agora em 140 mil demissões e no aumento das medidas de segurança.
A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), que deu início hoje à sua assembléia geral, em Montreal (Canadá), convocará uma conferência extraordinária para reforçar a segurança aérea. Enquanto isso, esta organização das Nações Unidas recomendou medidas de urgência aos seus 187 membros: obrigação de manter a porta da cabine fechada durante o vôo, aplicação de normas mais rígidas nos vôos nacionais e reforço do controle nos aeroportos.
Nos Estados Unidos, as sete principais companhias aéreas anunciaram 88 mil demissões para os próximos meses, devido à forte queda no tráfego. O governo aprovou uma ajuda federal de US$ 18 bilhões para o setor.
Depois de American Airlines (20 mil), United Airlines (20 mil), Continental Airlines (12 mil), US Airways (11 mil), Northwest Airlines (10 mil) e America West (2.000), a Delta anunciou ontem 13 mil demissões para antes do fim do ano.
No Canadá, as companhias Air Canada e Air Transat prevêem 9.000 e 1.300 demissões, respectivamente, enquanto a fabricante Bombardier decidiu suprimir 3.800 empregos.
A Boeing, maior fabricante do mundo e que espera cancelamentos ou adiamentos de pedidos das companhias aéreas, demitirá de 20 mil a 30 mil pessoas antes do fim de 2002.
Os Estados Unidos também decidiram reforçar a segurança. O presidente George W. Bush deverá dar luz verde hoje à presença de policiais armados a bordo de aviões de linha. Na Europa, a Air France já decidiu colocar agentes de segurança à paisana em alguns vôos.
A British Airways e a Virgin Atlantic, companhias britânicas que dependem do tráfego transatlântico, calculam o número de demissões em 7.000 e 1.200, respectivamente. A British Airways também anunciou o fim de 190 vôos semanais.
A Swissair estuda medidas severas de reestruturação e a demissão de 3 mil funcionários da sua filial de restauração Gate Gourmet.
Lufthansa e Air France suspenderam as contratações. O grupo LSG Sky Chef, filial da Lufthansa, vai desocupar temporariamente até 30% dos funcionários americanos (4.800 pessoas).
A Alitalia anunciou um plano de emergência que envolve 2.500 demissões, a redução da frota, o congelamento das opções de compra de aparelhos e o cancelamento dos contratos de compra em negociação.
A fabricante européia de aviões Airbus, que em junho passado previa a contratação de 6 mil pessoas em dois anos, também suspendeu seus planos.
A crise também se espalha pela Ásia, onde a companhia de Hong Kong Cathay Pacific estuda a redução de funcionários e vôos, assim como a Air India, que já cancelou alguns vôos regionais.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Crise no setor aéreo já soma 140 mil demissões
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A crise no setor aéreo provocada pelos atentados terroristas nos EUA no dia 11 se traduziu até agora em 140 mil demissões e no aumento das medidas de segurança.
A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), que deu início hoje à sua assembléia geral, em Montreal (Canadá), convocará uma conferência extraordinária para reforçar a segurança aérea. Enquanto isso, esta organização das Nações Unidas recomendou medidas de urgência aos seus 187 membros: obrigação de manter a porta da cabine fechada durante o vôo, aplicação de normas mais rígidas nos vôos nacionais e reforço do controle nos aeroportos.
Nos Estados Unidos, as sete principais companhias aéreas anunciaram 88 mil demissões para os próximos meses, devido à forte queda no tráfego. O governo aprovou uma ajuda federal de US$ 18 bilhões para o setor.
Depois de American Airlines (20 mil), United Airlines (20 mil), Continental Airlines (12 mil), US Airways (11 mil), Northwest Airlines (10 mil) e America West (2.000), a Delta anunciou ontem 13 mil demissões para antes do fim do ano.
No Canadá, as companhias Air Canada e Air Transat prevêem 9.000 e 1.300 demissões, respectivamente, enquanto a fabricante Bombardier decidiu suprimir 3.800 empregos.
A Boeing, maior fabricante do mundo e que espera cancelamentos ou adiamentos de pedidos das companhias aéreas, demitirá de 20 mil a 30 mil pessoas antes do fim de 2002.
Os Estados Unidos também decidiram reforçar a segurança. O presidente George W. Bush deverá dar luz verde hoje à presença de policiais armados a bordo de aviões de linha. Na Europa, a Air France já decidiu colocar agentes de segurança à paisana em alguns vôos.
A British Airways e a Virgin Atlantic, companhias britânicas que dependem do tráfego transatlântico, calculam o número de demissões em 7.000 e 1.200, respectivamente. A British Airways também anunciou o fim de 190 vôos semanais.
A Swissair estuda medidas severas de reestruturação e a demissão de 3 mil funcionários da sua filial de restauração Gate Gourmet.
Lufthansa e Air France suspenderam as contratações. O grupo LSG Sky Chef, filial da Lufthansa, vai desocupar temporariamente até 30% dos funcionários americanos (4.800 pessoas).
A Alitalia anunciou um plano de emergência que envolve 2.500 demissões, a redução da frota, o congelamento das opções de compra de aparelhos e o cancelamento dos contratos de compra em negociação.
A fabricante européia de aviões Airbus, que em junho passado previa a contratação de 6 mil pessoas em dois anos, também suspendeu seus planos.
A crise também se espalha pela Ásia, onde a companhia de Hong Kong Cathay Pacific estuda a redução de funcionários e vôos, assim como a Air India, que já cancelou alguns vôos regionais.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
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