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28/09/2001 - 11h59

Segundo trimestre marcou o fim do "milagre do Real"

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

De um cenário cor-de-rosa para um clima sombrio, dominado pelas incertezas. Essa é a diferença entre o primeiro e o segundo trimestre da economia brasileira.

No início do ano, o governo apostava que a taxa de crescimento do PIB fecharia 2001 acima do índice de inflação - algo inédito há 50 anos. O placar esperado pelos otimistas era de 4,5% (PIB) a 4% (inflação).

No primeiro trimestre, a única crise em destaque era a da doença vaca louca e da febre aftosa, que estourava na Europa e levantava suspeitas sobre o rebanho brasileiro. Foi essa suspeita que acirrou a guerra comercial entre Brasil e Canadá.

A partir do final de março, o dólar começou sua escalada. O mercado justificava a alta apontando para o risco de "hard landing" (pouso forçado) da economia norte-americana.

Ironicamente, a metáfora da aviação acabou se confirmando em forma de tragédia, com os atentados terroristas no WTC (World Trade Center).

Em seguida, começou a preocupar a situação econômica da Argentina, que não conseguia vencer a recessão nem mesmo com a ajuda de US$ 39,7 bilhões do FMI (Fundo Monetário Internacional) em dezembro de 2000.

Os juros, que estão em trajetória de queda, voltaram a subir. Era a forma que o Banco Central encontrou para impedir um repasse da alta do dólar para os preços, o que geraria inflação e ameaçaria a meta acertada com o FMI.

Para sepultar de vez a aposta otimista em uma ano de glória para a economia brasileira, o governo descobriu a crise energética, que já era alertada no ano passado pelos empresários.

No final do primeiro semestre, a opinião dominante era de que o segundo semestre seria bem mais difícil do que o primeiro.

O ataque terrorista no último dia 11 agravou ainda mais essa expectativa.

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Fale com o repórter: sripardo@folhasp.com.br
 

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