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02/10/2001
-
15h18
MICHEL PAZ
ELAINE COTTA
da Folha Online
O Federal Reserve, o banco central dos EUA, cortou hoje a taxa básica dos juros norte-americanos em mais 0,5 ponto percentual. Agora, os juros básicos dos Estados Unidos estão em 2,5% ao ano, o menor desde 1962, quando John F. Kennedy era presidente.
Trata-se do nono corte de juros feito pelo Fed desde janeiro. É também o segundo desde os atentados terroristas de 11 de setembro. A medida é mais uma tentativa do governo norte-americano para evitar uma recessão prologonda no país (Leia a íntegra da nota do Fed)
O novo corte nos juros tem por objetivo injetar dinheiro na economia norte-americana e reduzir os custos de financiamento e estimular a confiança do consumidor.
O efeito psicológico da redução dos juros também é importante para acalmar investidores ansiosos, empresas e consumidores. Somente o consumo é responsável por dois terços do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA.
Atentados terroristas
Em seu comunicado sobre o corte nos juros, o Fed avalia que os atentados terroristas do dia 11 de setembro irão fragilizar ainda mais a já desaquecida economia dos EUA. Segundo o Fed, os indicadores divulgados até agora apontam para isso.
"Os ataques terroristas aumentaram significativamente as incertezas sobre a economia que já estava desaquecida. Os negócios e os gastos pessoais, como consequência estão em queda", informou o BC dos EUA em seu comunicado.
O crescimento da economia vem diminuindo junto com a confiança do consumidor. Depois de crescer 4,1% em cada um dos dois últimos anos, o PIB dos EUA cresceu a uma taxa anual de 1,3% no primeiro trimestre e 0,3% nos três meses seguintes -o menor ritmo de crescimento desde o primeiro trimestre de 1993.
Desaquecimento
Antes dos atentados terroristas, a economia dos EUa já mostrava sinais de desaquecimento mas conseguiu se sustentar devido ao consumo. Com os ataques, a confiança do consumidor registrou um forte declínio.
Além disso, as mais de 100 mil demissões anunciadas só no setor aéreo podem interferir na confiabilidade do consumidor, afetando as vendas deste final de ano.
O consumo nos EUA é responsável por mais de 60% do PIB (Produto Interno Bruto), que vem caindo em 2001 em comparação com os últimos anos. Depois de crescer 4,1% em cada um dos dois últimos anos, o PIB dos EUA cresceu a uma taxa anual de 1,3% no primeiro trimestre e 0,3% nos três meses seguintes -o menor ritmo de crescimento desde o primeiro trimestre de 1993.
Repercussão
O mercado acionário norte-americano não sinalizou positivamente às previsões do Fed (Federal Reserve, BC dos EUA) para a economia norte-americana. Hoje à tarde, o Fed cortou em 0,5 ponto percentual, para 2,5% ao ano, a taxa básica de juros do país.
Logo após as notícias do corte, o índice Dow Jones da Bolsas de Valores de Nova York tinha baixa de 0,23% e a Bolsa eletrônica Nasdaq registrava queda de 0,31%.
Leia maisConfira a evolução dos juros nos EUA
Fed corta juros para 2,5% ao ano nos EUA
Veja a íntegra do comunicado do Fed
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Banco Central dos EUA corta juros para 2,5%
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ELAINE COTTA
da Folha Online
O Federal Reserve, o banco central dos EUA, cortou hoje a taxa básica dos juros norte-americanos em mais 0,5 ponto percentual. Agora, os juros básicos dos Estados Unidos estão em 2,5% ao ano, o menor desde 1962, quando John F. Kennedy era presidente.
Trata-se do nono corte de juros feito pelo Fed desde janeiro. É também o segundo desde os atentados terroristas de 11 de setembro. A medida é mais uma tentativa do governo norte-americano para evitar uma recessão prologonda no país (Leia a íntegra da nota do Fed)
O novo corte nos juros tem por objetivo injetar dinheiro na economia norte-americana e reduzir os custos de financiamento e estimular a confiança do consumidor.
O efeito psicológico da redução dos juros também é importante para acalmar investidores ansiosos, empresas e consumidores. Somente o consumo é responsável por dois terços do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA.
Atentados terroristas
Em seu comunicado sobre o corte nos juros, o Fed avalia que os atentados terroristas do dia 11 de setembro irão fragilizar ainda mais a já desaquecida economia dos EUA. Segundo o Fed, os indicadores divulgados até agora apontam para isso.
"Os ataques terroristas aumentaram significativamente as incertezas sobre a economia que já estava desaquecida. Os negócios e os gastos pessoais, como consequência estão em queda", informou o BC dos EUA em seu comunicado.
O crescimento da economia vem diminuindo junto com a confiança do consumidor. Depois de crescer 4,1% em cada um dos dois últimos anos, o PIB dos EUA cresceu a uma taxa anual de 1,3% no primeiro trimestre e 0,3% nos três meses seguintes -o menor ritmo de crescimento desde o primeiro trimestre de 1993.
Desaquecimento
Antes dos atentados terroristas, a economia dos EUa já mostrava sinais de desaquecimento mas conseguiu se sustentar devido ao consumo. Com os ataques, a confiança do consumidor registrou um forte declínio.
Além disso, as mais de 100 mil demissões anunciadas só no setor aéreo podem interferir na confiabilidade do consumidor, afetando as vendas deste final de ano.
O consumo nos EUA é responsável por mais de 60% do PIB (Produto Interno Bruto), que vem caindo em 2001 em comparação com os últimos anos. Depois de crescer 4,1% em cada um dos dois últimos anos, o PIB dos EUA cresceu a uma taxa anual de 1,3% no primeiro trimestre e 0,3% nos três meses seguintes -o menor ritmo de crescimento desde o primeiro trimestre de 1993.
Repercussão
O mercado acionário norte-americano não sinalizou positivamente às previsões do Fed (Federal Reserve, BC dos EUA) para a economia norte-americana. Hoje à tarde, o Fed cortou em 0,5 ponto percentual, para 2,5% ao ano, a taxa básica de juros do país.
Logo após as notícias do corte, o índice Dow Jones da Bolsas de Valores de Nova York tinha baixa de 0,23% e a Bolsa eletrônica Nasdaq registrava queda de 0,31%.
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Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
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