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02/10/2001
-
16h20
SANDRA MANFRINI
da Folha Online, em Brasília
A nova queda de 0,5 ponto percentual na taxa de juro norte-americana, anunciada hoje pelo Fed (Banco central americano), já era esperada pelo mercado e, segundo o economista-chefe do Unibanco Assets Management, Alexandre Mathias, terá pouco efeito nos preços. O economista avalia que, para o Brasil, não há efeito direto. Se houver impacto, de acordo com Mathias, será uma recuperação no futuro, um efeito "distanciado no tempo".
Mathias também não vê a possibilidade de o país atrair mais investimentos externos agora, já que os juros nos Estados Unidos estarão mais baixos. Segundo ele, o momento é de muita incerteza ainda e, por isso, "as decisões importantes estão de stand by". "É igual a um nevoeiro espesso. Você não enxerga longe e vê mal o que está por perto", resumiu Mathias, referindo-se às incertezas do momento. Ele acredita que os investidores não vão deixar de aplicar no Brasil, mas que o fluxo não deverá aumentar ainda.
Com relação aos efeitos da decisão do Fed sobre a economia norte-americana, o economista diz que somente dentro de seis a nove meses os impactos dessa decisão serão sentidos. A medida, na opinião dele, é mais uma decisão de apoio do Fed. "Na verdade, isso não é o instrumento mais poderoso para alterar o desejo de consumo", afirmou.
Mathias disse que a confiança do consumidor norte-americano está caindo de maneira forte. No último ano, caiu mais de 20%, enquanto o consumo cresceu a uma taxa trimestral de 0,5%. "Ainda estamos operando no escuro. Só ao final de outubro poderemos avaliar melhor os efeitos dessa decisão", disse, completando que, se o consumo nos EUA se retrair ainda mais, aquele país terá de um a dois trimestres de recessão, independente de qualquer nova ação do Fed. Isso, completa, para o Brasil seria ruim.
Leia maisConfira a evolução dos juros nos EUA
Fed corta juros para 2,5% ao ano nos EUA
Veja a íntegra do comunicado do Fed
Queda dos juros nos EUA não traz impacto significativo para o Brasil
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da Folha Online, em Brasília
A nova queda de 0,5 ponto percentual na taxa de juro norte-americana, anunciada hoje pelo Fed (Banco central americano), já era esperada pelo mercado e, segundo o economista-chefe do Unibanco Assets Management, Alexandre Mathias, terá pouco efeito nos preços. O economista avalia que, para o Brasil, não há efeito direto. Se houver impacto, de acordo com Mathias, será uma recuperação no futuro, um efeito "distanciado no tempo".
Mathias também não vê a possibilidade de o país atrair mais investimentos externos agora, já que os juros nos Estados Unidos estarão mais baixos. Segundo ele, o momento é de muita incerteza ainda e, por isso, "as decisões importantes estão de stand by". "É igual a um nevoeiro espesso. Você não enxerga longe e vê mal o que está por perto", resumiu Mathias, referindo-se às incertezas do momento. Ele acredita que os investidores não vão deixar de aplicar no Brasil, mas que o fluxo não deverá aumentar ainda.
Com relação aos efeitos da decisão do Fed sobre a economia norte-americana, o economista diz que somente dentro de seis a nove meses os impactos dessa decisão serão sentidos. A medida, na opinião dele, é mais uma decisão de apoio do Fed. "Na verdade, isso não é o instrumento mais poderoso para alterar o desejo de consumo", afirmou.
Mathias disse que a confiança do consumidor norte-americano está caindo de maneira forte. No último ano, caiu mais de 20%, enquanto o consumo cresceu a uma taxa trimestral de 0,5%. "Ainda estamos operando no escuro. Só ao final de outubro poderemos avaliar melhor os efeitos dessa decisão", disse, completando que, se o consumo nos EUA se retrair ainda mais, aquele país terá de um a dois trimestres de recessão, independente de qualquer nova ação do Fed. Isso, completa, para o Brasil seria ruim.
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