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03/10/2001
-
07h43
da Folha de S.Paulo
A dificuldade de usar a política monetária para estimular a atividade econômica é uma das consequências possíveis da política agressiva de cortes de juros adotada pelo Fed para evitar que os EUA mergulhem em recessão.
Caso o Fed mantenha esse ritmo de redução, existe o risco de que o país se encontre em uma situação semelhante à que aflige o Banco Central japonês.
As taxas de juros de curto prazo no Japão estão perto de zero, e o país enfrenta dificuldades no uso da política monetária para aquecer a economia.
Uma forma de evitar esse cenário seria trazer reduções futuras nas taxas de juros para 0,25%, em vez dos 0,5% que têm sido praticados nos últimos cortes.
Outra observação que tem sido feita é que a economia norte-americana precisa de tempo para que sejam sentidos os efeitos dos últimos cortes nos juros. Somente neste ano, já foram realizadas nove reduções.
Ademais, analistas têm apontado o fato de que apenas o corte nos juros não vai mudar a situação.
Executivos de companhias norte-americanas disseram ontem que os cortes não são suficientes para fazerem aumentar os gastos.
"Se as pessoas estão preocupadas com o emprego de amanhã, ou preocupadas com seu futuro, não interessa onde as taxas de juros estão", disse John Correnti, executivo-chefe da Birmingham Steel Corp..
Nesse cenário, a confiança dos consumidores precisaria ser restaurada para que os norte-americanos voltassem a comprar bens duráveis.
O próprio Alan Greenspan, presidente do Fed, já alertou que são necessários pelo menos US$ 100 bilhões (1% do PIB dos EUA) em investimentos públicos para efetivamente estimular a economia norte-americana.
Mas Greenspan também tem manifestado preocupação com a possibilidade de que um pacote de estímulo fiscal possa se tornar uma desculpa para o abandono da disciplina fiscal dos Estados Unidos.
Se o cuidado com o Orçamento federal implicar o aumento das taxas de juro a longo prazo, a fonte de dinheiro representada pelos refinanciamentos poderia secar, acabando com uma área forte na economia norte-americana.
*Com o "The New York Times" e agências internacionais
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Queda acelerada das taxas de juros nos EUA traz riscos
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A dificuldade de usar a política monetária para estimular a atividade econômica é uma das consequências possíveis da política agressiva de cortes de juros adotada pelo Fed para evitar que os EUA mergulhem em recessão.
Caso o Fed mantenha esse ritmo de redução, existe o risco de que o país se encontre em uma situação semelhante à que aflige o Banco Central japonês.
As taxas de juros de curto prazo no Japão estão perto de zero, e o país enfrenta dificuldades no uso da política monetária para aquecer a economia.
Uma forma de evitar esse cenário seria trazer reduções futuras nas taxas de juros para 0,25%, em vez dos 0,5% que têm sido praticados nos últimos cortes.
Outra observação que tem sido feita é que a economia norte-americana precisa de tempo para que sejam sentidos os efeitos dos últimos cortes nos juros. Somente neste ano, já foram realizadas nove reduções.
Ademais, analistas têm apontado o fato de que apenas o corte nos juros não vai mudar a situação.
Executivos de companhias norte-americanas disseram ontem que os cortes não são suficientes para fazerem aumentar os gastos.
"Se as pessoas estão preocupadas com o emprego de amanhã, ou preocupadas com seu futuro, não interessa onde as taxas de juros estão", disse John Correnti, executivo-chefe da Birmingham Steel Corp..
Nesse cenário, a confiança dos consumidores precisaria ser restaurada para que os norte-americanos voltassem a comprar bens duráveis.
O próprio Alan Greenspan, presidente do Fed, já alertou que são necessários pelo menos US$ 100 bilhões (1% do PIB dos EUA) em investimentos públicos para efetivamente estimular a economia norte-americana.
Mas Greenspan também tem manifestado preocupação com a possibilidade de que um pacote de estímulo fiscal possa se tornar uma desculpa para o abandono da disciplina fiscal dos Estados Unidos.
Se o cuidado com o Orçamento federal implicar o aumento das taxas de juro a longo prazo, a fonte de dinheiro representada pelos refinanciamentos poderia secar, acabando com uma área forte na economia norte-americana.
*Com o "The New York Times" e agências internacionais
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