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03/10/2001
-
08h21
LEONARDO SOUZA
da Folha de S.Paulo
A agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's considera o Brasil como um dos três países de maior vulnerabilidade externa da América Latina.
Em estudo divulgado ontem, sobre os impactos na América Latina dos atentados terroristas, a S&P informou que "os países que estão verdadeiramente expostos" [à vulnerabilidade externa] são Brasil, Costa Rica e Panamá.
A agência avalia que as necessidades de financiamento bruto externo _o total de recursos de que o país necessita para fechar suas contas_ do Brasil para 2002 é de US$ 80 bilhões.
O BC disse que a necessidade de US$ 80 bilhões para 2002 é um número que não existe. O BC reavalia no momento os dados do balanço de pagamentos, mas afirma que, de forma nenhuma, a necessidade de financiamento chegará a US$ 80 bilhões.
A previsão da S&P é muito superior à média das estimativas que têm sido divulgadas pelas instituições financeiras instaladas no Brasil. O BBV Banco, por exemplo, estima que o país precisará de US$ 52 bilhões no ano que vem _necessidade que seria financiada sem maiores dificuldades, na avaliação do banco. Antes dos atentados, o próprio BC falava em US$ 50 bilhões.
A S&P projeta que o Brasil vá receber entre US$ 12 bilhões e US$ 17 bilhões de investimentos diretos no ano que vem. Segundo a agência, do total de amortizações de médio e longo prazos previstas para 2002, só US$ 5 bilhões são do setor público.
Como o país fechou um novo acordo com o FMI, no valor aproximado de US$ 15,5 bilhões, o governo não teria maiores problemas para honrar suas dívidas.
O problema seria o setor privado, que tem a maior parte da dívida de médio e longo prazos.
Segundo a analista da S&P Lisa Schineller, de Nova York, a diferença nas projeções é explicada pela forma de calcular as dívidas do setor privado de curto prazo. A agência considerou na conta da necessidade de financiamento externo dívidas de médio e longo prazos que poderiam ser pagas antecipadamente.
Grande parte das dívidas de prazos mais longos conta com cláusulas que permitem o pagamento antecipado.
Para Schineller, o mercado estará muito adverso para empresas de economias emergentes em 2002. Assim, muitas das companhias não conseguiriam renovar seus empréstimos, tendo que pagá-los antecipadamente.
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Agência vê Brasil mais vulnerável em 2002
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A agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's considera o Brasil como um dos três países de maior vulnerabilidade externa da América Latina.
Em estudo divulgado ontem, sobre os impactos na América Latina dos atentados terroristas, a S&P informou que "os países que estão verdadeiramente expostos" [à vulnerabilidade externa] são Brasil, Costa Rica e Panamá.
A agência avalia que as necessidades de financiamento bruto externo _o total de recursos de que o país necessita para fechar suas contas_ do Brasil para 2002 é de US$ 80 bilhões.
O BC disse que a necessidade de US$ 80 bilhões para 2002 é um número que não existe. O BC reavalia no momento os dados do balanço de pagamentos, mas afirma que, de forma nenhuma, a necessidade de financiamento chegará a US$ 80 bilhões.
A previsão da S&P é muito superior à média das estimativas que têm sido divulgadas pelas instituições financeiras instaladas no Brasil. O BBV Banco, por exemplo, estima que o país precisará de US$ 52 bilhões no ano que vem _necessidade que seria financiada sem maiores dificuldades, na avaliação do banco. Antes dos atentados, o próprio BC falava em US$ 50 bilhões.
A S&P projeta que o Brasil vá receber entre US$ 12 bilhões e US$ 17 bilhões de investimentos diretos no ano que vem. Segundo a agência, do total de amortizações de médio e longo prazos previstas para 2002, só US$ 5 bilhões são do setor público.
Como o país fechou um novo acordo com o FMI, no valor aproximado de US$ 15,5 bilhões, o governo não teria maiores problemas para honrar suas dívidas.
O problema seria o setor privado, que tem a maior parte da dívida de médio e longo prazos.
Segundo a analista da S&P Lisa Schineller, de Nova York, a diferença nas projeções é explicada pela forma de calcular as dívidas do setor privado de curto prazo. A agência considerou na conta da necessidade de financiamento externo dívidas de médio e longo prazos que poderiam ser pagas antecipadamente.
Grande parte das dívidas de prazos mais longos conta com cláusulas que permitem o pagamento antecipado.
Para Schineller, o mercado estará muito adverso para empresas de economias emergentes em 2002. Assim, muitas das companhias não conseguiriam renovar seus empréstimos, tendo que pagá-los antecipadamente.
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