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04/10/2001 - 07h10

Bush quer injetar US$ 130 bi na economia

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da Folha de S.Paulo

O presidente dos EUA, George W. Bush, pediu ontem que o Congresso aprove o quanto antes um pacote de estímulo à economia entre US$ 60 bilhões e US$ 75 bilhões. Com os incentivos já aprovados, o socorro emergencial pode chegar a US$ 130 bilhões.

"Precisamos ser agressivos e deixar claro que faremos o que for preciso para as pessoas recuperarem a confiança", disse Bush, em sua segunda visita a Nova York depois dos ataques terroristas.

Mas alguns democratas (de oposição) consideram que Bush pode estar exagerando, e o socorro não deveria passar de US$ 50 bilhões. Eles argumentam que o dinheiro destinado aos incentivos vai fazer com que as despesas públicas superem a receita, provocando o primeiro déficit do governo norte-americano em quatro anos, o que de resto pode provocar alta dos juros de longo prazo (o que afetaria os financiamentos imobiliários, por exemplo).

O tipo do estímulo econômico a ser adotado ainda não foi definido. Bush e seu Partido Republicano pretendem diminuir impostos e aumentar isenções fiscais para empresas. Até agora, o Congresso dos EUA já aprovou dotações de US$ 40 bilhões para a recuperação da infra-estrutura destruída (especialmente em Nova York) e US$ 15 bilhões para as companhias aéreas.

O pacote de estímulos complementaria as medidas que já vinham sendo tomadas para estimular a economia desde antes dos ataques terroristas. Isto é, os cortes de impostos de Bush, criticados por supostamente apenas abaterem impostos dos mais ricos e ameaçarem as contas públicas dos EUA, não teriam efeito sobre o crescimento econômico.

Em junho, Bush conseguiu aprovar um pacote de redução de impostos de US$ 1,35 trilhão ao longo dos próximos dez anos, o que reduziu a receita do governo.

Em reunião com senadores na semana passada, Alan Greenspan, presidente do Federal Reserve (Fed, banco central do país), havia dito que um plano de ajuda inferior a 1% do PIB teria pouco efeito. Como o Produto Interno Bruto norte-americano é da ordem de US$ 10 trilhões, o socorro, segundo Greenspan, deveria ser próximo de US$ 100 bilhões.

Todas as partes envolvidas nas negociações concordam que o estímulo à economia deve ser oferecido de uma só vez e não pode ameaçar as contas públicas.

"Teremos que emprestar dinheiro para dar esse estímulo", disse o senador democrata Tom Daschle. "Estamos gerando déficit novamente, mas não vejo alternativas."

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