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04/10/2001
-
08h49
FLOYD NORRIS
do ''The New York Times''
O federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) barateou anteontem o crédito para as pessoas e empresas.
Mas seus esforços por estimular a economia vêm sendo prejudicados pela queda na confiança dos consumidores e por mercados financeiros que hesitam em fornecer dinheiro para as empresas que mais precisam dele.
A ação do Fed cortou a taxa do overnight para empréstimos interbancários, e foi imediatamente seguida por cortes nas taxas dos bancos ("prime rate"), que, por sua vez, reduzirão os juros dos empréstimos às empresas e consumidores, em alguns casos, especialmente nas linhas de crédito hipotecário. Essa redução de custos resultará em economia de dinheiro, que poderá ser gasto.
A economia provavelmente já estava em recessão antes dos ataques terroristas, que causaram choque entre as empresas, as quais efetivaram as demissões que vinham adiando, além de terem paralisado os consumidores, ao menos temporariamente. Por quanto tempo esses fatores se farão sentir é algo difícil de prever.
Quando o choque começar a passar, é provável que os cortes nas taxas de juros tenham efeito positivo.
Muitos em Wall Street esperam que a taxa dos fundos federais _ a que os bancos usam para emprestar uns aos outros, controlada pelo Fed_ caia ainda mais.
Ela está em 2,5%, tendo caído dos 6,5% em uma sucessão de nove cortes decretados pelo Fed. Pelo menos mais um corte, para 2,25%, é esperado para este ano, e há quem acredite que caia a 2%.
O estímulo fiscal, por meio de gastos públicos adicionais ou cortes de impostos, também é uma alternativa provável, e muitos economistas a consideram desejável. Por boa parte dos anos 90, o otimismo dos consumidores desempenhou papel crucial em ajudar a economia a passar por choques como a moratória da dívida russa, em 1998.
A produção industrial cai há 11 meses consecutivos, mas o consumo, surpreendentemente forte, manteve a economia em crescimento, ainda que muito lento, até os ataques.
As pesquisas indicam que a confiança já estava em queda antes dos atentados. O problema agora é determinar até que ponto ela cairá antes que volte a subir, e quando essa alta começará. Não é algo que os especialistas estejam confiantes em prever.
Tradução de Paulo Migliacci
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Queda na confiança prejudica ação do Fed
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do ''The New York Times''
O federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) barateou anteontem o crédito para as pessoas e empresas.
Mas seus esforços por estimular a economia vêm sendo prejudicados pela queda na confiança dos consumidores e por mercados financeiros que hesitam em fornecer dinheiro para as empresas que mais precisam dele.
A ação do Fed cortou a taxa do overnight para empréstimos interbancários, e foi imediatamente seguida por cortes nas taxas dos bancos ("prime rate"), que, por sua vez, reduzirão os juros dos empréstimos às empresas e consumidores, em alguns casos, especialmente nas linhas de crédito hipotecário. Essa redução de custos resultará em economia de dinheiro, que poderá ser gasto.
A economia provavelmente já estava em recessão antes dos ataques terroristas, que causaram choque entre as empresas, as quais efetivaram as demissões que vinham adiando, além de terem paralisado os consumidores, ao menos temporariamente. Por quanto tempo esses fatores se farão sentir é algo difícil de prever.
Quando o choque começar a passar, é provável que os cortes nas taxas de juros tenham efeito positivo.
Muitos em Wall Street esperam que a taxa dos fundos federais _ a que os bancos usam para emprestar uns aos outros, controlada pelo Fed_ caia ainda mais.
Ela está em 2,5%, tendo caído dos 6,5% em uma sucessão de nove cortes decretados pelo Fed. Pelo menos mais um corte, para 2,25%, é esperado para este ano, e há quem acredite que caia a 2%.
O estímulo fiscal, por meio de gastos públicos adicionais ou cortes de impostos, também é uma alternativa provável, e muitos economistas a consideram desejável. Por boa parte dos anos 90, o otimismo dos consumidores desempenhou papel crucial em ajudar a economia a passar por choques como a moratória da dívida russa, em 1998.
A produção industrial cai há 11 meses consecutivos, mas o consumo, surpreendentemente forte, manteve a economia em crescimento, ainda que muito lento, até os ataques.
As pesquisas indicam que a confiança já estava em queda antes dos atentados. O problema agora é determinar até que ponto ela cairá antes que volte a subir, e quando essa alta começará. Não é algo que os especialistas estejam confiantes em prever.
Tradução de Paulo Migliacci
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
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