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04/10/2001
-
12h49
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A crise detonada pelos atentados terroristas do dia 11 de setembro nos Estados Unidos acertou em cheio a indústria automobilística brasileira.
Depois de sobreviver às crises de energia, da Argentina, alta do dólar e elevação dos juros, as montadoras não resistiram aos efeitos negativos do terrorismo sobre a política econômica internacional e pela primeira vez no ano revisaram para baixo a perspectiva de produção de 2001.
O primeiro vice-presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Ricardo Carvalho, disse hoje que as montadoras instaladas no país fecharão o ano com uma produção de 1,8 milhão de veículos. A nova projeção significa uma queda de 5,3%% em relação à previsão mantida até agosto, de fechar o ano com produção de 1,9 milhão de veículos.
''Não dá para negar que esse evento (atentados) não tenha sido marcante e não cause reflexos para a economia. É negar a realidade'', disse o primeiro vice-presidente da Anfavea.
Apesar da freada, a queda ainda é pequena já que as montadoras produziram de janeiro a setembro 1,417 milhão de veículos, o que equivale a 78,7% da nova meta de produção de todo o ano de 2001.
A revisão da meta de produção já era esperada pelo mercado, já que a queda na venda de veículos havia elevado o volume dos estoques das fábricas e concessionárias.
Para reduzir o volume dos estoques, as montadoras começaram a adotar instrumentos de redução de produção. Nas últimas semanas, várias montadoras anunciaram programas de adequação de produção ao mercado, que vão colocar mais de 24 mil funcionários em ''descanso forçado''.
A última a se manifestar foi a Renault, que anunciou ontem que terá de parar por 11 dias a produção de veículos da fábrica de São José dos Pinhais (PR). Neste período, 1.300 dos 3.100 funcionários ficarão em casa. As horas trabalhadas a menos entrarão como débito no banco de horas da fábrica.
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A crise detonada pelos atentados terroristas do dia 11 de setembro nos Estados Unidos acertou em cheio a indústria automobilística brasileira.
Depois de sobreviver às crises de energia, da Argentina, alta do dólar e elevação dos juros, as montadoras não resistiram aos efeitos negativos do terrorismo sobre a política econômica internacional e pela primeira vez no ano revisaram para baixo a perspectiva de produção de 2001.
O primeiro vice-presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Ricardo Carvalho, disse hoje que as montadoras instaladas no país fecharão o ano com uma produção de 1,8 milhão de veículos. A nova projeção significa uma queda de 5,3%% em relação à previsão mantida até agosto, de fechar o ano com produção de 1,9 milhão de veículos.
''Não dá para negar que esse evento (atentados) não tenha sido marcante e não cause reflexos para a economia. É negar a realidade'', disse o primeiro vice-presidente da Anfavea.
Apesar da freada, a queda ainda é pequena já que as montadoras produziram de janeiro a setembro 1,417 milhão de veículos, o que equivale a 78,7% da nova meta de produção de todo o ano de 2001.
A revisão da meta de produção já era esperada pelo mercado, já que a queda na venda de veículos havia elevado o volume dos estoques das fábricas e concessionárias.
Para reduzir o volume dos estoques, as montadoras começaram a adotar instrumentos de redução de produção. Nas últimas semanas, várias montadoras anunciaram programas de adequação de produção ao mercado, que vão colocar mais de 24 mil funcionários em ''descanso forçado''.
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