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04/10/2001
-
14h20
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A Anfavea (Associação Nacional de Veículos Automotores) espera fechar este ano com os sindicatos de representação dos trabalhadores do setor acordos que priorizem a flexibilidade da jornada de trabalho. Segundo o primeiro vice-presidente da Anfavea, Ricardo Carvalho, a medida é o instrumento mais adequado para enfrentar momentos de crise.
"Estamos procurando fechar um acordo de flexibilização da jornada como condição de se buscar meios de enfrentar oscilações do mercado", disse.
Segundo ele, a negociação da flexibilização terá um modelo diferente para cada uma das montadoras. "Depende da criatividade de cada empresa e da sua situação de mercado."
Carvalho deixou claro que a negociação de flexibilização da jornada envolve muito mais do que a quantidade de horas trabalhadas na semana. "Flexibilidade pode ser redução de horas, criação de banco de horas, redução de salários."
Mas o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que representa todos os trabalhadores das montadoras instaladas na região, já deixou claro que não vai negociar flexibilização da jornada por enquanto e muito menos redução de salário.
"Primeiro queremos fechar nosso acordo coletivo. Somente depois poderemos discutir a flexibilização. Até porque a flexibilidade atende a um problema conjuntural e nós queremos solucionar as questões estruturais", disse o presidente do sindicato, Luiz Marinho.
A Volkswagen comunicou nessa semana a intenção de negociar a flexibilidade da jornada, sob risco de ter de demitir 3.000 funcionários. Mas o sindicato afirma que o excedente dentro da Volks podem chegar a 7.000 funcionários, já que o novo modelo de produção a ser implantado em 2002 só garante o emprego de 9.000 dos 16 mil funcionários de São Bernardo.
"Não adianta negociar flexibilidade para resolver o problema do excedente de 3.000 pessoas se o problema pode ser muito maior", disse Marinho.
As duas partes só se entendem numa questão: a durabilidade do acordo coletivo. Os trabalhadores querem fechar acordos coletivos de longa duração, com efeitos de no mínimo dois anos. A Anfavea parece aceitar a proposta. "Queremos fechar um acordo duradouro e que traga conforto para todo mundo", afirmou Carvalho.
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Segundo ele, a negociação da flexibilização terá um modelo diferente para cada uma das montadoras. "Depende da criatividade de cada empresa e da sua situação de mercado."
Carvalho deixou claro que a negociação de flexibilização da jornada envolve muito mais do que a quantidade de horas trabalhadas na semana. "Flexibilidade pode ser redução de horas, criação de banco de horas, redução de salários."
Mas o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que representa todos os trabalhadores das montadoras instaladas na região, já deixou claro que não vai negociar flexibilização da jornada por enquanto e muito menos redução de salário.
"Primeiro queremos fechar nosso acordo coletivo. Somente depois poderemos discutir a flexibilização. Até porque a flexibilidade atende a um problema conjuntural e nós queremos solucionar as questões estruturais", disse o presidente do sindicato, Luiz Marinho.
A Volkswagen comunicou nessa semana a intenção de negociar a flexibilidade da jornada, sob risco de ter de demitir 3.000 funcionários. Mas o sindicato afirma que o excedente dentro da Volks podem chegar a 7.000 funcionários, já que o novo modelo de produção a ser implantado em 2002 só garante o emprego de 9.000 dos 16 mil funcionários de São Bernardo.
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